'Nós vamos fazer o próximo presidente', diz Lula

"O que eles [oposição] têm que saber, de alto e bom som, e podem até ficar mais com raiva de mim, é que nós vamos fazer o próximo presidente da República neste país. Eles podem ficar certo que nós vamos fazer [próximo presidente]", afirmou Lula, em discurso.

O presidente, no entanto, voltou a descartar qualquer possibilidade de tentar um novo mandato em 2010. "Eles [oposição] sabem que eu sou um cumpridor da democracia e da Constituição e que, portanto, não tem essa de terceiro mandato. Termina agora em 2010."

"Eu não brinco com democracia porque toda vez que se brinca com democracia a gente quebra a cara. A alternância de poder é importante. Toda a vez que um dirigente político se acha imprescindível e insubstituível está começando a nascer um pequeno ditadorzinho dentro dele", destacou Lula.

Eleições 2008

Segundo Lula, as pessoas têm que saber que a "eleição não é uma guerra, é uma disputa". "Depois das eleições, vocês têm que continuar companheiros e amigos. Não é possível que a cada eleição se faça uma guerra", afirmou o presidente.

Ele destacou ainda que "os atos do PAC estão ficando complicado para a presença do presidente". "A gente não pode transformá-los em atos de campanha porque é um ato oficial. É um ato institucional. Aqui é um lançamento de assinatura de contratos do governo federal."

Grau de investimento

O presidente também afirmou não acreditar que o grau de investimento - patamar dado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's - recebido pelo Brasil possa gerar uma "avalanche" de recursos especulativos ao país.

"Se vai entrar mais dólares ou não no Brasil, eu não sei. Tem gente que está preocupado e diz assim: 'Agora, vai entrar muito dólar no Brasil'. Mas eu passei a vida inteira vendo os economistas escreverem que era preciso entrar dólares no Brasil", disse.

Segundo Lula, é preciso "diferenciar o dólar que vem para investir na geração de empregos e o dólar que vem para investir na especulação financeira". "Este da especulação financeira nós temos que banir", afirmou o presidente, durante discurso.