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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 28 de Janeiro de 2008 às 19:19

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Miami, 28 jan (EFE).- Os pré-candidatos presidenciais republicanos medirão suas forças nas primárias do Estado americano da Flórida amanhã, em uma disputa em que os democratas estarão sem os delegados locais e que é considerada de extrema importância para as eleições gerais de novembro.

Os republicanos John McCain, senador do Arizona, e Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, possuem 30% da preferência dos eleitores cada um, de acordo com pesquisa de opinião feita pela empresa Zogby.

No Partido Democrata, a senadora por Nova York Hillary Clinton desponta na liderança em diversas pesquisas de opinião, e estaria confortavelmente à frente de Barack Obama.

Os principais rivais entre os republicanos, além de McCain e Romney, também estão praticamente empatados na disputa pelo terceiro e quarto lugares.

Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas, ocupa a terceira posição, com 14% da preferência dos eleitores, e Rudy Giulliani, ex-prefeito de Nova York, que preferiu concentrar sua campanha na Flórida, o quarto lugar, com 13%.

Embora as primárias da Flórida não esclareçam as possibilidades finais de vitória de McCain e Romney, o futuro de Giuliani é previsível, já que um terceiro ou quarto lugar o colocaria em enorme desvantagem no resto da campanha.

O ganhador obterá 57 delegados para a Convenção Nacional Republicana, onde será selecionado o candidato que defenderá o partido nas eleições presidenciais de 4 de novembro.

Com a anulação da participação dos delegados democratas da Flórida na Convenção Nacional da legenda, devido à antecipação da data das eleições, as primárias na Flórida têm um peso relativo.

Dos 10,2 milhões de eleitores inscritos na Flórida, 4,1 milhões são do Partido Democrata e ficariam sem representação na convenção que decidirá o candidato presidencial do partido.

O irônico do caso é que foram os republicanos, maioria na Assembléia Legislativa estadual, que propuseram a antecipação das primárias. Mesmo assim, a sanção foi imposta aos 210 delegados e 31 suplentes democratas do estado pelo Comitê Nacional da legenda.

Joe García, presidente do Partido Democrata do condado de Miami-Dade, disse à Agência Efe que essa decisão "sem dúvida é um problema, embora, na realidade, até agora não tenha tido nenhum efeito nos eleitores".

"Os democratas estão votando em números mais altos que os já vistos na história das primárias da Flórida", completou.

Um total de 879 mil eleitores já emitiu seu voto por meio de sufrágio antecipado e por correio, com 474 mil do lado republicano e 405 mil do democrata.

"Isso demonstra que há um grande interesse, porque temos candidatos fortes. A Flórida é conhecida por escolher os presidentes, não por designar os candidatos", acrescentou García.

O castigo para os democratas incluiu a proibição de se fazer campanha na Flórida, estado que decidiu as eleições presidenciais de 2000 e que é considerado fundamental para o pleito deste ano.

A ausência dos candidatos democratas foi aproveitada pelos republicanos, que utilizaram toda sua "maquinaria" para incentivar os eleitores a comparecer às urnas.

A vitória nas primárias é fundamental para Giuliani manter-se no páreo, enquanto para McCain reforçaria suas aspirações para a "super terça", 5 de fevereiro, quando serão realizadas primárias em 22 estados.

McCain conta com apoio de "pesos pesados" na Flórida, como o governador Charlie Crist e o senador cubano-americano Mel Martínez.

Esse apoio é direcionado à conquista do cobiçado voto dos eleitores cubano-americanos do sul da Flórida, que tendem a votar pelos republicanos, mas que neste ano já estão optando pelos democratas, decepcionados com a política de Washington em relação a Cuba e os imigrantes, segundo a Fundação Nacional Cubano Americana (FNCA).

Eduardo Gamarra, diretor da empresa de pesquisas de opinião pública Newlink Research, afirmou hoje que, de acordo com as últimas enquetes, McCain detém a preferência da maioria dos hispânicos e Hillary está à frente de Obama.

Segundo dados da Associação Nacional de Funcionários Latinos Eleitos e Nomeados (Naleo, da sigla em inglês), os 924 mil eleitores latinos registrados na Flórida representam 11% do eleitorado do estado.




Fonte: EFE

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