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Saúde
Sábado - 19 de Janeiro de 2008 às 19:41

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Londres, 19 jan (EFE).- Os tratamentos com radioterapia são tão eficazes contra o câncer de bexiga quantos as intervenções cirúrgicas, segundo indica um estudo apresentado hoje no Reino Unido.

Uma equipe de especialistas da Universidade de Leeds (norte da Inglaterra), dirigida pela doutora Anne Kiltie, observou que o índice de sobrevivência entre os pacientes de câncer tratados com radioterapia eram equivalentes aos daqueles que tinham sido submetidos à uma cistectomia (retirada da bexiga ou de parte dela).

Os pesquisadores assinalam que a radioterapia poderia ser uma opção melhor para os doentes de idades mais avançadas, para os quais a extração da bexiga é mais problemática. Para seu estudo, os especialistas analisaram o histórico médico de 169 pacientes tratados de câncer de bexiga invasivo entre 1996 e 2000. Dentre estes, 97 tinham recebido radioterapia e 89 tinham sido operados.

Os índices de sobrevivência em ambos os grupos foram comparados cinco e oito anos depois do tratamento, sem que se constatassem diferenças significativas.

Assim, aos cinco anos, 56,8% dos pacientes tratados com radioterapia continuavam vivos, frente a 53,4% dos operados.

Depois de oito anos, 54,9% das pessoas do primeiro grupo estavam vivas, assim como 53,4% do segundo.

Este resultado se deu apesar do grupo submetido ao tratamento de radiação ter uma média de idade mais alta -de 75,3 anos- que o grupo operado, no qual a média era de 68,2 anos.

"Até agora, a cirurgia era considerada uma opção mais efetiva para o tratamento de cânceres de bexiga que se estendem à parede muscular do órgão", disse a doutora Kiltie.

"Apesar da radioterapia ter efeitos secundários a longo prazo, o interessante de nosso estudo é demonstrar que idosos que se submeteram a esse tratamento progrediram tão bem quanto os mais jovens que se submeteram a uma operação", afirmou.

Como o câncer de bexiga costuma atingir idosos, esta descoberta será importante para futuros tratamentos deste grupo de população, acrescentou.

Uma porta-voz do Cancer Research UK, a doutora Lesley Walker, assinalou que, apesar da descoberta, é preciso fazer mais estudos antes de decidir dar mais preponderância à radioterapia.




Fonte: EFE

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