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Economia
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 18:10
Por: SÍLVIA DEVAUX

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A instalação de novas indústrias em Mato Grosso deve contribuir ainda mais para o aumento da economia do Estado já no próximo ano. A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) estima um crescimento de 10% a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008. “Vai gerar aumento na arrecadação (impostos) e novos empregos”, analisou o primeiro vice-presidente da entidade, Jandir Milan.

Jandir Milan e o assessor econômico da Federação, Carlos Vítor Timo, apresentaram nesta quinta-feira (06.12), durante coletiva na sede da entidade, um comparativo dos indicadores econômicos do Estado de janeiro a outubro de 2007 com o mesmo período de 2006, mensurando a arrecadação de impostos, geração de empregos formais, consumo de energia elétrica e balança comercial.

De acordo com a análise, as indústrias de Mato Grosso cresceram 15,5% em arrecadação de impostos federais, enquanto o Brasil registrou 9,5%. Os valores acumulados de janeiro a outubro ficaram assim: o Estado arrecadou em 2007, R$ 484.747,00 para R$ 425.065.00 no mesmo período do ano passado. Já o país, respectivamente, R$ 1.342,69 para R$ 1.116,80.

“A economia de Mato Grosso cresceu (no período) mais que a do país, em arrecadação de impostos (federais)”, comparou Milan, dizendo ainda que o balanço foi favorável ao Estado. Ele falou também da importância dos incentivos fiscais para o crescimento econômico. Se a indústria não estivesse em Mato Grosso, o Estado não arrecadaria quase nada.

“O incentivo não é 100%. A empresa paga algum porcentual de imposto. O mais importante é o que a indústria traz ao Estado; emprego; novos fornecedores que vão construir esta indústria, fornecer a matéria-prima e instalar essa indústria. Por exemplo, tem frigorífico que vai abater 500 mil frangos por dia. O número de emprego que vai gerar essa criação é muito grande, tem que analisar a cadeia toda” completou.

ICMS

A análise apontou 30% de participação da indústria em 2007, para 29% em 2006. Neste ano, o Estado teve R$ 2.813,95 de valor acumulado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para R$ 2.548,29, registrando crescimento de 6,1%, que reflete basicamente o faturamento das empresas. O ICMS da indústria apresentou de valor acumulado R$ 850,33 neste ano e R$ 747,98, no ano passado.

“Sem grandes investimentos crescemos 1%, com o investimento dessas novas indústrias já na metade do próximo ano, vamos chegar daqui a cinco, seis, anos a 50% de participação”, prevê Milan.

FETHAB

Apenas o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) registrou queda de 2007 para 2006, de -10,1%, com total do valor acumulado, respectivamente, de R$ 224.579 e R$ 239.820, de recursos arrecadados com o transporte do óleo diesel, gado em pé, soja, algodão e madeira.

ENERGIA

O consumo de energia elétrica (Mwh) teve 29% de participação na economia; 2% a mais que em 2006 (27%). O Estado registrou uma variação de 10,9%, com valor acumulado de R$ 4.006.241 neste ano, para R$ 3.613.378 no ano passado; e a indústria, R$ 1.158.664 em 2007 e 970.115, em 2006.

EMPREGOS FORMAIS

Mato Grosso gerou 22.555 vagas de emprego a mais de janeiro a outubro deste ano, sendo que em 2006 foram 16.509 vagas novas e em 2007, 39.064. A indústria foi responsável por 6.299 dessas vagas com uma participação de 28%. Outros setores que também registraram aumento de vagas foram a Agricultura e Silvicultura com 7.870 (195%), Comércio 6.280 (685%), Indústria de Transformação 2.104 (26%), Serviços 2.097 (66%) e outros.

BALANÇA COMERCIAL

Na balança comercial, os indicadores apontam um saldo de 8,8%, sendo 14,7% de crescimento das exportações, com US$ 4.286,93 em 2007 para US$ 3.738,50 no ano passado e 71,7% nas importações com US$ 351,24 até agora para US$ 603,16 em 2006.

PIB 2005

“A gente aqui em Mato Grosso tem que comemorar o resultado, do IBGE, quanto ao PIB de 2005, pois esperávamos uma recessão na economia. No entanto, isso não aconteceu”, avaliou Timo, argumentando que em relação a 2004, que foi de 10%; em 2005 (5%) caiu, “mas foi positivo, porque cresceu mais que o do Brasil, que foi de 3,2%”, completou.

Para conferir a lista completa dos indicadores econômicos acesse o site Fiemt: www.fiemt.com.br




Fonte: Secom-MT

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