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Polícia Brasil
Quarta - 28 de Novembro de 2007 às 16:47
Por: Angela Lacerda

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No mesmo dia em que dois fugitivos pularam o muro do Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na região metropolitana de Recife, o preso Jurandir José da Silva, detido por porte ilegal de arma e assalto, saiu com tranqüilidade pela porta da frente do presídio sob o olhar de dois policiais militares e ainda recebeu um tapinha nas costas de despedida de um colega detento. Era tarde do domingo passado e ele se misturou aos visitantes que deixavam o local, depois de pegar sua carteira de identidade na portaria.

Os dois PMs suspeitos de facilitarem a fuga - cabo Gilvan Martins da Silva e soldado José Abílio da Silva - estão presos desde ontem. A prisão por três dias é administrativa. Eles estão sendo investigados por uma sindicância aberta pela Corregedoria Geral da Defesa Social. A Polícia Civil abriu inquérito e poderá pedir a prisão preventiva dos policiais. Se culpados e com menos de dez anos de serviços na PM, poderão ser excluídos da corporação.

Jurandir está sendo caçado pelo sistema penitenciário. O secretário de Ressocialização, Humberto Viana, afirmou que a sua captura é importante inclusive para ajudar a esclarecer a participação dos envolvidos na fuga. Dos outros dois fugitivos que haviam pulado o muro do Cotel no final da manhã, o assaltante Humberto Rodrigues Santa foi recapturado no mesmo dia. O outro se mantém foragido.

As imagens do circuito interno do presídio mostram a cena da fuga. Jurandir entra na sala da armaria (um escritório) acompanhado de um soldado. Retorna para dentro do presídio. Cerca de duas horas depois, quando tem início a saída das visitas, ele aparece, pega a identidade com um policial que confere foto e assinatura, e sai. Ele estava preso há 12 dias.

Morte

No mesmo domingo, Joseano Bezerra da Silva, de 30 anos, acusado de traficar drogas, foi morto por colegas no Pavilhão B porque teria infringido código de honra entre os detentos. Ele teria estuprado a mulher de um colega que o visitava. A ausência de Jurandir só foi constatada à noite, depois da contagem dos presos. A exemplo da maioria dos presídios de Pernambuco, o Cotel tem superpopulação carcerária. Com capacidade para 311 pessoas, abriga 998.





Fonte: AE

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