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Nacional
Terça - 27 de Novembro de 2007 às 17:15
Por: Roberto Lira

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No atual ritmo, a universalização do acesso a esgoto tratado no Brasil só deve acontecer daqui a 115 anos, em 2122. A estimativa está na pesquisa "Impactos Sociais de Investimentos em Saneamento", feita pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento aponta que a falta de saneamento básico atinge 47% da população brasileira, sendo as crianças de 1 a 6 anos as principais vítimas.

O estudo cruzou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com outros estudos do próprio instituto e dos Ministérios das Cidades e da Saúde. De acordo com a PNAD, o acesso ao esgoto no Brasil subiu de 36,02% em 1992 da população total para 46,77% em 2006. Por faixa etária, foi observado que o acesso aumenta conforme avançam as idades: a menor taxa de acesso está no grupo de 0 a 4 anos (40,37% em 2006) e a maior, na faixa dos 50 a 54 anos (51,87%).

O acesso ao esgoto tratado também é maior de acordo com a escolaridade. Cresce 25,57% da população para os que não atingiram um ano de estudo para 70,83% para os que têm 12 anos ou mais de estudo. Segundo o levantamento, a boa notícia associada ao processo de universalização de um serviço público como esgoto, mesmo que lento, é que a distância entre os extremos da distribuição de renda ou de riqueza diminuiu ao longo do tempo. O índice, que era de 4,3 vezes maior em 1992 para os que terminaram o segundo grau em relação aos sem escolaridade, caiu para 2,7 em 2006.

O acesso ao esgoto em áreas rurais no País alcança apenas 2,9% da população, enquanto nas regiões metropolitanas está em 63,05%. Mesmo considerando a "inviabilidade do processo de universalização do saneamento num país de dimensões continentais como o Brasil", o estudo pondera que até mesmo nas metrópoles o acesso cresce a taxas modestas. Na categoria "metrópole", o acesso à rede de esgoto avançou de 53,29% da população em 1992 para 63,05% em 2006. Na população urbana, o avanço foi de 39,94% para 48,7%.

Quando observado o acesso ao esgoto sanitário especificamente das favelas (ou "aglomerados subnormais"), há uma convergência em relação à média nacional. O acesso passou de 25,57% para 45,98% entre os anos de 1992 e 2006.





Fonte: AE

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