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Economia
Quinta - 22 de Novembro de 2007 às 16:01
Por: Flavio Leonel

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O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Márcio Nakane, afirmou hoje que as altas dos preços do feijão e da carne bovina foram os principais fatores de pressão para a inflação dos alimentos na capital paulista na segunda quadrissemana de novembro (últimos 30 dias encerrados em 15 de novembro). De acordo com ele, estes produtos só não trouxeram um impacto maior na elevação do grupo Alimentação por causa do alívio que vem sendo proporcionado pela queda no preço do leite Longa Vida.

A Fipe informou hoje que o preço médio dos alimentos subiu 0,62% ante 0,20% da primeira medição do mês. No mesmo período, o feijão passou de uma alta de 18,71% para uma variação de 19,72%, enquanto o segmento Carne Bovina apresentou uma elevação de 3,63% ante 1,61% da quadrissemana anterior. Juntos, eles representaram 0,17 ponto porcentual do IPC-Fipe de 0,05% da segunda medição de novembro.

O preço do leite Longa Vida voltou a apresentar queda, porém menor, no levantamento da Fipe. O valor médio do produto passou de um recuo de 13,53% para um declínio de 10,81% no período analisado. Gerou, entretanto, um alívio de 0,11 ponto porcentual na inflação. De acordo com Nakane, a tendência é que feijão e carne continuem na trajetória de alta em novembro. Para o leite, a estimativa é de redução na queda e, conseqüentemente, menor alívio para o indicador geral do instituto.

Volatilidade

O coordenador também citou a volatilidade dos preços dos alimentos in natura como um outro fator importante para ser observado. Entre o primeiro e o segundo levantamento da Fipe de novembro, o segmento passou de uma elevação de 2,09% para 2,42% e contribuiu com 0,10 ponto porcentual da inflação. Segundo Nakane, os preços dos tubérculos (de 4,69% para 6,69%) e das verduras (de 2,37% para 6,78%) vieram "mais fortes", enquanto o valor dos legumes passou de uma alta de 1,59% para uma queda de 1,01%.

Por conta deste cenário da Alimentação, Nakane elevou hoje a projeção para a alta do grupo em novembro, de 0,50% para 1,40%. Esta revisão foi determinante para que ele também aumentasse a estimativa para o IPC-Fipe do mês, de 0,13% para 0,34%.





Fonte: AE

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