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Nacional
Sexta - 16 de Novembro de 2007 às 22:36

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A possibilidade de o Brasil utilizar o seu programa energético nuclear para uma possível construção de bombas atômicas foi considerada impertinente por especialistas em política internacional presentes à 4ª Conferência do Forte de Copacabana sobre Segurança Internacional nesta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro.

As conjecturas quanto a uma possível iniciativa brasileira de construir uma bomba atômica surgiram depois que o Secretário de Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa, General de Exército José Benedito de Barros Moreira, defendeu, na terça-feira (13), que o Brasil desenvolva a tecnologia necessária para a fabricação da bomba atômica. O militar se pronunciou sobre isso num programa na TV Câmara ao ser indagado por um telespectador.

“Lamento a declaração do general brasileiro, porque está em contradição com os interesses da sociedade brasileira. O Brasil tem o privilégio de viver num contexto que não há risco de ataque nuclear. E a bomba destruiria esse contexto de paz na região”, disse o diplomata aposentado Roberto Abdenur, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Ainda segundo o diplomata, falar sobre bomba atômica suscita desconfianças nos EUA e na Europa, o que tornaria o Brasil um “pária” na comunidade internacional. “O domínio do enriquecimento de urânio é importante por questões de segurança energética do Brasil. Outra coisa é ter know-how para construir bomba”, argumentou Roberto Abdenur do Cebri.

O cientista político Clóvis Brigagão, diretor do Centro de Estudos das Américas, concorda em ser inadequada a produção de uma bomba atômica brasileira. “Se você tem arma atômica, você passa a ser alvo. Pra que uma bomba? O que nos ameaça?”, criticou o especialista em política internacional.




Fonte: G1

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