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Nacional
Sexta - 16 de Novembro de 2007 às 22:00

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Especialistas em política internacional e diplomatas não têm boas expectativas quanto ao ínicio do programa nuclear venezuelano anunciado pelo presidente Hugo Chavez na quinta-feira (15).

O cientista político Clóvis Brigagão, diretor do Centro de Estudos das Américas, avalia que o Brasil deve assumir papel de liderança em dissuadir qualquer ameaça à "instabilidade” decorrente de uma política nuclear venezuelana.

“Tudo o que o Chavéz disser causa preocupação. Ele é um fanfarrão. Claro que todos países tem direito de desenvolver projetos nucleares para fins pacíficos, mas ninguém sabe o que o Chavéz está pretendendo”, disse.

O diplomata aposentado Roberto Abdenur do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) considera que está “sendo montada uma ditadura” na Venezuela, mas que Chavéz não chegaria à “loucura” de produzir armamento nuclear.

Nesta sexta-feira (16), ao final da 4ª Conferência do Forte de Copacabana sobre Segurança Internacional, no Rio de Janeiro, especialistas chegaram a afirmar que atitudes como essa da Venezuela fazem crer que há uma “corrida armamentista” na América Latina.

“Uma corrida armamentista acontece quando um País compra armas e outro, ao se sentir ameaçado, também compra, e assim por diante. Posso adiantar que isso está acontecendo pelo que atores (países latino-americanos) vem gastando”, disse o diretor da Associação de Políticas Públicas (centro de pesquisa argentino), Diego Manuel Fleitas.

Corrida armamentista

O diretor da Associação de Políticas Públicas enumerou os seguintes elementos para afirmar sua conclusão de que há uma corrida armamentista na América Latina: compra pela Venezuela de submarinos, aviões, caças, fuzis e helicópteros; compra de tanques e caças F-16 pelo Chile; e no caso do Brasil, o anúncio de compra de um submarino nuclear.

No entanto, militares do Exército brasileiro, também presentes ao evento, não avaliam que haja uma “corrida armamentista” na região. “Seria corrida armamentista se governo voltasse a aparelhar as Forças Armadas. Se tivesse dinheiro aqui, também compraríamos armamentos”, disse o major Flávio Polillo do Estado-Maior do Exército.




Fonte: G1

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