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Nacional
Sexta - 16 de Novembro de 2007 às 18:29

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RIO - O Brasil não necessita de um submarino nuclear para proteger suas riquezas naturais e o seu território contra a invasão de outros países ou de atentados terroristas, conforme defendeu ontem o ministro de Defesa, Nelson Jobim. A avaliação é de especialistas em política internacional que participaram da 4ª Conferência do Forte de Copacabana - Segurança internacional, um diálogo Europa-América do Sul, na zona sul do Rio.

Foi neste mesmo evento que Jobim falou sobre a necessidade do País de aumentar sua capacidade de defesa, principalmente após a descoberta de uma reserva gigante de petróleo e gás na Bacia de Santos. "Eu creio que não necessariamente a militarização ou a aquisição de armamentos serão a garantia de defesa dos recursos naturais do Brasil. Creio que deveriam ser criados outros sistemas", afirmou a diretora-executiva do Instituto Venezuelano de Estudos Sociais e Políticos (Invesp), Francine Jácome.

Pare ela, melhor seria se o Brasil criasse meios pacíficos para defender suas riquezas naturais, como cooperação internacional que possa criar mecanismos de confiança mútua, ou até mesmo o estabelecimento de zonas de paz. "Outro elemento importante são mecanismos de inteligência", acrescentou Francine. Ela lembrou que, na Venezuela, a defesa das riquezas naturais tem sido usada pelo governo para legitimar o aumento do poderio de defesa, com a compra de aviões e de 100 mil fuzis anunciada recentemente pelo presidente Hugo Chávez. "Na Venezuela, uma das razões básicas para criar a guarda territorial é exatamente a defesa das reservas de petróleo."

Já o diretor da Associação para Políticas Públicas de Buenos Aires, Diego Fleitas, o Brasil não necessita de um submarino nuclear para proteger suas reservas de petróleo. "Para defender os recursos na costa brasileira, em princípio não há necessidade de um submarino nuclear", disse. De acordo com Fleitas, o submarino nuclear é estratégico para nações que queiram revidar o ataque de uma potência ou atacar, devido ao seu poder de alcance de grandes distâncias. "Para defender algo que esteja a 400 quilômetros da costa, você não necessita de submarino nuclear. O mais importante é um projeto estratégico sem foco expansionista", afirma Fleitas.




Fonte: AE

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