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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quarta - 14 de Novembro de 2007 às 22:36

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MANAUS - Cerca de 150 indígenas invadiram e ocuparam desde o fim da tarde da última terça-feira, 13, a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Manaus. Nesta quarta, também foi ocupado por cerca de 50 indígenas o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Manaus.

As ocupações, segundo líderes do movimento, são para forçar a revogação da portaria ministerial 2.656, que municipaliza o repasse das verbas, e a exoneração das coordenadoras da Funasa no Amazonas Margareth Menezes Neiva Eulália e a do Dsei, Maurasina Sabóia.

Um dos líderes do movimento, o coordenador da União dos Povos Indígenas Mura, Apurinã e Saterê (Upimas), Warlem Mura, afirmou que os indígenas querem a substituição das coordenadoras por membros de qualquer etnia ou não, mas que sejam escolhidos por eles. "O governo federal tem nomeado servidores que não entendem nada sobre a saúde indígena", disse.

Em relação à portaria, Warlem afirmou que "é fato" que as prefeituras municipais não têm infra-estrutura para atender às comunidades indígenas. "E também não teremos como fiscalizar se os recursos estarão sendo ou não aplicados de forma correta", destacou.

Segundo a assessoria de comunicação da Funasa em Brasília, a coordenadora Margareth Menezes solicitou providências à Polícia Federal e encaminhou pedido de reintegração de posse para reaver a sede da Funasa.

Ainda segundo a assessoria, a Funasa não teria recebido qualquer comunicação oficial das lideranças indígenas sobre as reivindicações ou os reais motivos das duas invasões.

Entretanto, como foram informados pela imprensa sobre a reclamação da portaria, a assessoria informou por meio de nota oficial que "ao contrário dos que - por desconhecimento ou interesse político - fazem críticas à portaria, as novas medidas vieram fortalecer as ações da Funasa, no tocante à área, tornando-a mais presente junto às comunidades."

Segundo a Funasa, a portaria regulamenta os repasses de recursos para assistência à área, prestada pelos hospitais, municípios e estados, por meio dos incentivos da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS). "Por isso, não há motivo para apreensão quanto às novas regras, por parte das populações e das lideranças indígenas", diz o texto da nota oficial.




Fonte: Estadão

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