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Polícia Brasil
Terça - 13 de Novembro de 2007 às 13:08

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Dois detentos foram mortos no presídio Aníbal Bruno, no Recife, na noite de segunda-feira (12), na terceira rebelião registrada na unidade em dois dias. Policiais da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE) entraram novamente no presídio e o motim foi controlado pouco mais de duas horas depois do início.

De acordo com a polícia, as vítimas eram do pavilhão N e tentaram invadir o pavilhão I. Eles foram mortos a pauladas.

Confusão

A confusão no presídio Aníbal Bruno, o maior do Recife, começou no domingo (11), em uma rebelião que durou cerca de seis horas e deixou um preso morto e 40 feridos. A Secretaria de Ressocialização informa que dois pavilhões foram destruídos. Duzentos policiais precisaram entrar no Aníbal Bruno. Eles usaram bombas de efeito moral para tentar conter os presos. O secretário de Ressocialização, Humberto Vianna, acredita que 2 mil homens chegaram a ficar rebelados.

Na manhã de segunda-feira (12), houve um novo motim, que logo foi controlado.

O presídio tem capacidade para 1.440 detentos, mas está superlotado e abriga 3,9 mil homens. O governo pretende transferir presos para outras unidades.

Investigação

A Secretaria de Ressocialização deve abrir sindicância para investigar as causas dos motins. A polícia trabalha com três hipóteses: uma briga entre detentos depois do desentendimentos com o chaveiro (preso responsável por abrir e fechar o local) do pavilhão D, o pedido de transferência de um detento e a insatisfação com a cobrança da apresentação de um cartão de acesso à unidade, impedindo que os visitantes entrem apenas com a carteira de identidade.

O superintendente de Segurança Penitenciária, Isaac Wanderley, explicou que a medida tem o objetivo de evitar que ainda mais pessoas entrem no presídio já superlotado e que, portanto, a cobrança dos cartões não pode ser extinta.

O Ministério Público de Pernambuco deve solicitar a abertura de inquérito para apurar as responsabilidades dos crimes cometidos durante as últimas rebeliões. Segundo promotor de Justiça da 1ª Vara das Execuções Penais, Ricardo Gabínio, nenhuma providência foi tomada porque ele ainda não recebeu um relatório oficial. O documento está sendo redigido pelo promotor Marcellus Ugiette, designado especialmente para acompanhar o caso.





Fonte: G1

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