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Nacional
Sexta - 09 de Novembro de 2007 às 22:23

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RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje que será inevitável a intervenção das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem em ambientes urbanos, por causa do clamor popular. De acordo com ele, um grupo de trabalho do ministério está trabalhando na elaboração de um estatuto para definir um comando único quando as tropas do Exército e a Polícia Militar precisarem trabalhar juntas.

"Não adianta pensar que não vai ter de intervir. Vai. O que nós não podemos é deixar que os fatos nos atropelem. De repente tem um conflito enorme numa região do País que vai clamar a intervenção das Forças Armadas. E nós não temos como deixar de fazê-lo", afirmou Jobim durante palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio.

O ministro acrescentou que já conversou com o alto comando do Exército para avisar dessa possibilidade. "Não se iludam. Num determinado momento, vai haver clamor no sentido de em algumas circunstâncias usar as Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica para operações de garantia da lei e da ordem", disse.

Jobim afirmou que o problema de unir as Forças Armadas e a Polícia Militar em intervenções em áreas urbanas não é tático nem logístico. De acordo com ele, o empecilho é jurídico. E citou o expertise da experiência brasileira no Haiti, onde "gangues" controlavam territórios em Porto Príncipe, capital daquele país.

"Agora, você colocar a tropa brasileira numa intervenção numa favela do Rio qual é o estatuto da tropa? Qual é o comando que teria a tropa sobre a força da Polícia Militar? Nós sabemos perfeitamente, se quisermos falar claro, que no momento em que se fizer isso a Polícia Militar ou a própria tropa vão se conflitar. Não vai fluir informações. Vai fluir casca de banana", disse Jobim.




Fonte: AE

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