Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Quinta - 01 de Novembro de 2007 às 23:12

    Imprimir


Genebra, 1 nov (EFE).- A Federação Internacional de Empresas Farmacêuticas (IFPMA, em inglês) criticou hoje o plano negociado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para facilitar o acesso dos países pobres a medicamentos.

"O plano de ação em discussão vai além do mandato da OMS" afirmou à imprensa Eric Noehrenberg, responsável por assuntos de comércio exterior da Federação.

Além disso, ele criticou o projeto que a OMS discute e que, a princípio, deverá ser adotado em Genebra, na próxima semana, durante uma reunião do Grupo de trabalho da entidade para saúde, inovações e propriedade intelectual.

Segundo Noehrenberg, tanto a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) quanto a Organização Mundial de Comércio (OMC) discutiram amplamente sobre saúde e direitos de propriedade intelectual, por isso não é necessário continuar o debate.

A indústria farmacêutica alega que a falta de remédios para as chamadas doenças negligenciadas, como leishmaniose, tracoma e dengue, não é uma conseqüência da proteção das patentes.

A respeito disso, Noehrenberg questionou outros fatores, como a falta de infra-estrutura adequada, o elevado preço dos remédios genéricos e os impostos sobre importação nos países pobres, até a falta de um sistema de segurança pública em países em desenvolvimento.

Segundo ele, "insistir nas patentes significa desviar a atenção dos verdadeiros problemas".

A Federação sugere à OMS que "tente obter dos Governos um apoio financeiro a mais para pesquisa de remédios destinados a tratar doenças negligenciadas dos países pobres".

O diretor de comunicação da IFMA, Guy Willis, disse que, apesar de "fundações privadas, como a de Bill e Melinda Gates, terem permitido a liberação de grandes recursos, isso não será suficiente no futuro, já que os custos vão se multiplicar por dez com a necessidade de testes clínicos mais importantes".

"Os desequilíbrios são as patentes", assegurou Willis, dizendo que enquanto 146 pesquisas de remédios contra doenças cardiovasculares, 646 para o câncer, 48 contra o diabetes, 42 contra o Alzheimer e 21 para o Mal Parkinson estão em curso, só há nove para todas as outras doenças tropicais".

Por enquanto, a OMS não comentou as críticas feitas por representantes da indústria farmacêutica.




Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/200295/visualizar/