Polícia de MT procura acusados de sequestro seguido de duplo homicídio

O delegado Antônio Carlos Araújo, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa do Cisc (Centro Integrado de Segurança e Cidadania) divulgou nesta segunda-feira o nome de três dos cinco suspeito de terem assassinado na semana passada dois jovens em Rondonópolis. José Cícero Araújo Gonçalves, Lindomar Siqueira de Assis e Leandro Oziel do Amaral estão sendo procurados pela polícia de todo estado. Eles são apontados como as pessoas que seqüestraram e depois mataram os jovens. Dois outros nomes estão sendo mantidos em sigilo.

O delegado disse que ainda não é possível dizer qual foi a participação de cada um deles no crime, mas afirmou que testemunhas disseram que foram eles que pegaram os dois jovens e colocaram no corsa branco, que os levou do Distrito Industrial.

Os três homens teriam praticado justiça com as próprias mãos. Os dois jovens eram suspeitos de praticarem pequenos furtos no Distrito Industrial contra caminhoneiros. Leandro é caminhoneiro e se encontra foragido desde a última segunda-feira. O caminhão dele está abandonado no pátio de uma multinacional no Distrito Industrial.

Os corpos dos dois jovens foram encontrados com perfurações de balas na região conhecida como Sete Placas, próximos ao rio da Onça na quinta e sexta-feira.

A polícia agora procura os suspeitos que estão foragidos. “Acionamos a polícia de Cuiabá e Sinop, locais onde dois dos suspeitos podem estar escondidos”, explicou o delegado.

Justiceiros

O delegado também disse que a polícia está empenhada em desvendar o duplo homicídio, já que, considera perigoso que pessoas pratiquem justiça com as próprias mãos. Ele ressaltou que tomou conhecimento de outros fatos onde pessoas levavam vítimas para o rio da Onça e as deixavam amarradas.

“Não podemos deixar que este tipo de crime (prática da justiça com as próprias mãos) aconteça. Com isso, voltamos há um século atrás, desvendar crimes é exercício da Polícia Civil, da Justiça e do Ministério Público”, explicou.

De acordo com ele, a polícia leva inclusive em consideração que os dois jovens assassinados são inocentes em relação aos furtos. “Não há nada que comprove que foram eles que praticaram os furtos. As pessoas não podem ir pegando as outras e matando simplesmente”.