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Polícia Brasil
Sexta - 26 de Outubro de 2007 às 23:51

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Investigadores da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRRFV), prendeu um falso despachante especialista em fabricar “defuntos” e ressuscitar mortos com certidões de óbitos e certidões de nascimento falsas. Antonio Proença Monção de França, de 44 anos, foi preso na casa dele às 6 horas de hoje durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão determinado pelo juiz Jorge Luiz Rodrigues da 4ª Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande (Grande Cuiabá), Na casa de Antonio a Polícia apreendeu ainda dezenas de documentos falsos.

As investigações chefiadas pelo delegado Anderson Veiga, da DRRRFV, chegaram até Antonio na Rua B, nº 39, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Lá a Polícia apreendeu Documentos Únicos de Transportes ((DUTs); certidões de óbitos, certidões de nascimento, Carteiras de Trabalho, Guias de ATPFs, Certificados de conclusão de cursos universitários e do ensino médio particulares, cédulas de identidade, carimbos de cartórios e selos.

No local a Polícia ainda apreendeu um microcomputador que Antonio usava para falsificar documentos e vender sob “encomenda”. Para a Polícia, segundo o delegado Anderson, o “despachante” vinha agindo há muito tempo e provocando grandes prejuízos, tanto para as pessoas que comprovam os documentos, como para o Estado em sonegação de impostos.

O delegado titular da DRRFV, Roberto Amorim, que também acompanhou as investigações, afirma que Antonio pode estar envolvido em grandes golpes em Cuiabá, Várzea Grande e até em cidades do interior do Estado. Diz também o delegado, que o falso despachante pode ter alguém por trás dele.

“O Antonio foi preso em flagrante em crimes de petrechos usados em falsificações de documentos e por falsificação de documentos públicos e privado, pos na casa dele, além dos documentos em branco, também encontramos documentos preenchidos. Também vamos analisar o que tem dentro do computador dele, onde possivelmente vamos encontrar mais provas”, afirmou o delegado Roberto Amorim.

Sobre a utilidade dos documentos apreendidos, o delegado titular da DRRRV explica, por exemplo, que se uma pessoa deseja praticar um ato ilícito como morrer para outra pessoa receber o seguro, é só comprar uma certidão de óbito. E para nascer com outro nome é só falsificar uma certidão de nascimento.

A mesma coisa acontece com os DUTs, utilizados para “esquentar” carros roubados, e os diplomas com os certificados de cursos, superior e médio, cujos compradores podem se tornar um bacharel, em Direito, por exemplo, sem nunca ter freqüentado uma universidade.

“Todos os documentos que nós apreendemos na casa do Antonio eram falso e seriam usados para praticar diversos tipos de crime. Tanto ele poderia matar uma pessoa para a outra receber o seguro, como poderia ressuscitar uma pessoa morta com outro nome. Por isso a prisão dele foi muito importante, mas nós vamos continuar com as investigações”, concluiu o delegado Roberto Amorim. .





Fonte: 24 Horas News

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