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Saúde
Quarta - 24 de Outubro de 2007 às 23:23

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A falta de leitos na Unidade de Tratamento Itensivo (UTI) acabam levando pacientes e parentes ao desespero. Dona Elizeth Brito Gomes aguarda uma solução para o marido que está internado há duas semanas no pronto atendimento do Pronto Socorro municipal de Cuiabá.

O marido dela é cardíaco e diabético e estaria com infecções nas pernas. Ele era para ter sido encaminhado para uma unidade intermediária. "Eles não querem colococar ele no semi intensivo. Era para colocar ontem mas ele rejeitou e agora não vai colocar mais", disse Elizeth Gomes.

Mas o diretor clínico do Pronto Socorro Municipal da Capital, Huark Douglas Correia, disse que a situação já se reverteu."Me parece que o paciente já aceitou ir para a unidade. Nós iremos averiguar como está a situação da sala para transferir o paciente para a unidade semi-intensiva", afirma o médico.

De acordo com a diretora da Central de Controle e Avaliação, Iracema Queiroz, Cuiabá tem hoje 115 leitos de UTI. Ela disse que a situação se agravou com a interdição de sete dos dez leitos do hospital Júlio Müller por causa de um foco de infecção. "A solução definitiva desse problema passa por uma melhoria e um investimento na saúde de todo Mato Grosso, inclusive com seus pólos regionais para a implementação de suas UTI's. Hoje a grande maioria dos pacientes de alta complexidade são encaminhados para Cuiabá, que é a referência no Estado", ressalta a coordenadora.

Enquanto a Central de Regulação de Vagas de Cuiabá aponta a existência de 28 pacientes na fila de espera para o leito de UTI, os levantamentos da Secretaria de Saúde do Estado reduzem esse número pela metade. Ainda segundo a secretaria, não haveria necessidade de uma parceria já que o Estado estaria bancando todos os custos com leito de UTI. É o que afirma o secretário-adjunto de saúde em Mato Grosso.

"O Estado mantém 290 leitos hoje com R$ 30 milhões por ano inclusive os 40 leitos do Pronto Socorro em que só funcionam 30. Eu gostaria que o município também mostrasse qual a necessidade que eles têm e o que eles estão investindo dentro de leitos de UTI para que a gente possa nessa discussão em conjunto chegar em uma conclusão sobre quais áreas o Estado necessita investir mais", disse o secretário.

Uma equipe de intensivistas avaliou hoje o Estado do marido de Dona Eliseth e decidiu que ele não precisa ir para a Unidade Semi-Intensiva.




Fonte: TVCA

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