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Cidades/Geral
Quarta - 24 de Outubro de 2007 às 08:18

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O código brasileiro de trânsito, em vigor desde janeiro de 1998, reduziu em pelo menos 5,8% as mortes causadas pelos acidentes de trânsito no país. Cerca de 26,3 mil pessoas deixaram de morrer entre 1998 até 2004.

Em conseqüência, o Brasil economizou R$ 71 bilhões, dinheiro relativo a perdas na produção, cuidados na área da saúde, remoção e traslado, que seria gasto ou perdido com essas mortes.

O custo médio por pessoa envolvendo perda de produção, cuidados com saúde, remoção e traslado é de aproximadamente R$ 1 mil nos acidentes em que ninguém se fere; de R$ 36,3 mil nos casos em que há feridos; e de R$ 270,1 mil em caso de morte.

As informações são da pesquisa O Estado da Juventude: drogas, prisões e acidentes, divulgada hoje (23) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

“Esse resultado mostra como leis mais duras, com penas financeiras associadas efetivas, podem ter efeitos significativos nos incentivos dos indivíduos zelarem mais por suas vidas”, diz o estudo.

Apesar da redução, a pesquisa mostra que aproximadamente 28 mil mortes ocorrem por ano no país em decorrência dos cerca de 750 mil acidentes.

Segundo o documento, os homens estão mais expostos a acidentes que as mulheres, por serem menos sensíveis à rigidez das leis de trânsito e por se deslocarem mais em direção aos locais de trabalho.

“Ao contrário do dito popular ‘mulher ao volante, perigo constante’, as taxas de óbito indicam que as mortes causadas pelo trânsito atingem quatro vezes mais os homens que as pessoas do sexo feminino”, disse o coordenador do Centro de Estudos Sociais da FGV, Marcelo Neri.

Intitulado Juventude Transviada, inspirado no filme estrelado por James Dean e que leva o mesmo nome, o capítulo relativo aos acidentes de trânsito entre os jovens usou números e informações distintas.

Mostra, por exemplo, que o país gastou R$ 5,3 bilhões em acidentes de trânsito em 2003, segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

Dados de 2005 indicam que, com 36,6mil mortos naquele ano, o trânsito era a segunda maior causa de morte provocada por fatores externos no Brasil – perdendo apenas para os homicídios.





Fonte: ABr

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