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Politica Brasil
Quarta - 24 de Outubro de 2007 às 07:48

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Muitos aliados do novo presidente regional do PSDB, Wilson Santos, que inclusive atuaram como importantes cabos eleitorais na campanha vitoriosa para prefeito de Cuiabá em 2004, estão hoje distanciados da administração. O último a romper foi o ex-senador Antero de Barros, que renunciou à presidência do diretório estadual da sigla tucana após uma estratégia do prefeito em motivar os demais membros da Executiva a derrubar a tal resolução que vetava aliança com PR e PT para as eleições do próximo ano.

Santos mudou o seu perfil. De galinho de briga, como era chamado quando atuava no Legislativo, seja como deputado estadual, seja como federal, se tornou mais light agora no Poder Executivo. Apesar disso, suas reações, promessas e comentários afoitos têm levado aqueles que ele tinha como parceiros a caminharem para a oposição. Nesse barco entraram, além de Antero, o deputado federal Eliene Lima, empurrado para a vida pública pelo próprio Santos, o ex-deputado e atual secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito (PR), e o também ex-deputado Emanuel Pinheiro, que foi seu secretário de Trânsito e Transportes Urbanos.

Mesmo sem grupo político sólido, Santos ostenta poder, mais por estar na cadeira de prefeito da Capital. Assim, entende que vão-se uns aliados, buscam-se outros. O problema é que o tucano pretende chegar ao Palácio Paiaguás, em 2010. Antes, tem a barreira da reeleição.

Se depender de antigos aliados como Brito, os obstáculos na vida pública para Wilson Santos serão maiores. Brito ficou tão irado com o prefeito que nem o cumprimenta mais. O hoje secretário foi fundamental na vitória histórica do tucano, que disputou o segundo turno com o petista Alexandre Cesar. Em 2004, Brito se tornou braço-direito da campanha. Pediu até autorização para o governador Blairo Maggi, que apoiou Alexandre. Depois das eleições, sob argumento de que Santos preferia prestigiar os inimigos políticos em detrimento dos aliados, Carlos Brito virou adversário do prefeito.

O mesmo ocorreu com os deputados estaduais José Riva (PP) e Humberto Bosaipo (DEM), o federal Pedro Henry (PP) e ex-secretários da atual administração, como João Valente, que deixou a Educação na bronca, o médico Eduardo Delamônica e a articulista e economista Adriana Vandoni.

Por outro lado, o ex-galinho de briga trouxe para suas asas alguns do grupo do ex-governador Dante de Oliveira, como os deputados Carlos Avalone (estadual) e Thelma de Oliveira (federal), o ex-deputado e atual secretário municipal de Educação, Carlos Carlão, e Guilheme Muller, que conduz a pasta de Planejamento, Orçamento e Gestão, além do empresário e secretário Oscar Soares (SMTU), que foi o financeiro de sua campanha.

Na Câmara Municipal, Santos conta com apoio da maioria dos 19 vereadores, mas não tem uma base sólida e um porta-voz com o qual se identifica. Essa interlocução não acontece nem mesmo com o seu líder, vereador Edivá Alves, que bate-cabeça para contornar as constantes crises provocadas mais pelas declarações polêmicas do gestor tucano.





Fonte: RD News

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