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Agronegócios
Segunda - 22 de Outubro de 2007 às 17:02

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A participação do etanol no mix de produção do setor sucroalcooleiro do Brasil deve ser ainda maior na próxima safra 2008/09, superando os 54,5% registrados no atual período. A afirmação é do consultor Plínio Nastari, feita durante abertura da 7ª Conferência Internacional de Açúcar e Álcool da Datagro. Segundo ele, o cenário internacional de preços de açúcar deprimidos deve continuar na próxima safra com estimativa de um superávit mundial de 11 milhões de toneladas. Por outro lado, o consumo interno de etanol está crescendo com a expansão da frota de carros flex, o que deve alavancar o direcionamento de cana para o etanol.

Segundo Nastari, os efeitos desta maior demanda por etanol já podem ser sentidos nos preços de equivalência entre as cotações do mercado futuro de açúcar na bolsa de Nova York, e os preços do mercado interno de açúcar e álcool anidro e hidratado. Tradicionalmente, os preços do mercado doméstico de açúcar sempre operaram com um prêmio de 13,4% acima de Nova York, enquanto os preços do hidratado eram de 10,7% abaixo e anidro 4,7% abaixo da bolsa de Nova York. "Porém, os preços do mercado interno de etanol já operaram desde março com prêmio sobre o mercado de açúcar internacional", explica.

Para o consultor, a lógica da formação da próxima safra está levando em conta, hoje, priorizar o atendimento dos mercados internos de etanol e açúcar, maximizar a produção de etanol, via hidratado, produzir o álcool que se espera ser exportado, e por último, produzir açúcar para exportação. O consultor acredita que os limites para a produção de etanol no Brasil serão dados pela disponibilidade de tanques para armazenagem e pela capacidade financeira para suportar o capital de giro e grau de endividamento.





Fonte: AE

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