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Nacional
Sexta - 19 de Outubro de 2007 às 03:38

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Governadores reforçaram ontem o coro pela aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em Curitiba, os governadores do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), do Paraná, Roberto Requião (PMDB), de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), e de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), assinaram moção, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), manifestando apoio à rápida aprovação. Mas eles registraram que os recursos devem ter “destinação efetiva à saúde”.

“Não é possível a um governo que não completou nenhuma reforma tributária, e nem iniciou, ficar sem a CPMF”, justificou Yeda, que preside o Codesul. Ela ressaltou a necessidade de um “compromisso escrito de que a CPMF vai ser reduzida gradualmente”. Segundo a tucana, isso se deve à vinculação entre a contribuição e a reforma tributária. “Uma coisa não vive sem a outra. É cômodo não fazer a reforma tributária e viver com os R$ 36 bilhões em quatro anos que a CPMF dá.”

Para Requião, a CPMF está entre os “tributos mais justos”, pois incide em todas as movimentações. “Quem reclama da CPMF é o capital financeiro, que já tem seus lucros extraordinários.”

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que se dispõe a ajudar no que for preciso para garantir a aprovação da CPMF o quanto antes. Para ele, parte dos críticos da contribuição era entusiasta da sua cobrança no passado e agora busca “tirar dividendos políticos a qualquer preço”. “O povo brasileiro está esclarecido e não aceita mais esse tipo de comportamento”, afirmou.

No Rio, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) também voltou a defender o tributo. “Apoiar a CPMF é apoiar a estabilidade econômica e o desenvolvimento do Brasil.” Já o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), disse não ser contra a CPMF, mas cobrou a redução da carga tributária no Brasil. “Temos uma carga tributária muito pesada, que penaliza a produção e o trabalho.”

Para Jaques Wagner (PT), governador da Bahia, a contribuição pode ser reduzida progressivamente, de forma negociada. “Quando se reduz a entrada de arrecadação, é preciso saber onde cortar despesas”, afirmou. “Todo mundo é a favor de corte de tributo, mas é preciso lembrar que, para isso, é necessário fazer compensações.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo





Fonte: AE

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