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Economia
Sexta - 28 de Setembro de 2007 às 08:32
Por: Marcondes Maciel

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O Grupo Shell deverá retornar ainda este ano para Mato Grosso após sete anos fora do mercado, quando foi vendido para a Distribuidora Agip, hoje controlada pela Petrobras. A informação foi passada ontem com exclusividade ao Diário por uma fonte do grupo, no Rio de Janeiro. “A Shell pretende montar uma rede de postos com a bandeira da companhia e ampliar sua participação no mercado da região Centro-Oeste”, disse a fonte. A Shell nasceu em Londres e atua no Brasil desde 1903.

A decisão de retornar ao Estado já havia sido comunicada ao governador Blairo Maggi pelos diretores da empresa, que não chegaram a revelar o montante dos investimentos nesta nova incursão ao mercado mato-grossense de combustíveis. Em novembro do ano passado, os diretores da Shell do Brasil, James Assis e Sandra Saldanha fizeram uma visita de cortesia ao governador.

“A Shell está disposta a fortalecer a sua presença no mercado regional e uma das formas seria justamente direcionar seus investimentos para Mato Grosso, que oferece ótimas oportunidades nesta área e ainda está em franco crescimento após a crise do agronegócio”, acrescentou a fonte.

Um dos primeiros passos para o retorno do grupo teria sido a recomposição da franquia Shell Distribuidora de Lubrificantes, que passou ao controle da Buritis, concessionária Renault, localizada em Várzea Grande.

De acordo com o gerente da Buritis Lubrificantes, Eduardo Oléa, a empresa assumiu a franquia da Shell em janeiro deste ano. “A partir de então, temos constatado um crescente aumento das vendas e a boa aceitação dos produtos Shell na Grande Cuiabá”, afirmou ele. Esses seriam alguns dos indicadores para a volta do grupo ao mercado regional.

Segundo o representante da Shell Lubrificantes em Mato Grosso, Rafael Freitas, o grupo estaria concluindo os contratos para o seu retorno ainda este ano ao Estado.

PROBLEMA - A saída da Shell, em 2000, teria sido motivada pela atuação da “máfia dos combustíveis” no Estado, que dificultou a permanência de distribuidoras sérias no mercado. “Algumas companhias jogaram sujo, impondo preços abaixo dos praticados pelo mercado e oferecendo produtos de péssima qualidade. Não era a nossa forma de agir e por isso resolvemos deixar Mato Grosso”, conta a fonte da Shell.

SICME - O secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) em exercício, Rodrigues Palma, destacou a importância do retorno da Shell para Mato Grosso, lembrando que o Estado está “vigilante e atento” à atuação de empresas irregulares no setor de combustíveis. “Vamos apertar a fiscalização para que empresas sérias possam trabalhar com mais tranqüilidade, gerando empregos e renda para o Estado”.

Segundo ele, hoje os empresários têm mais segurança para investir em Mato Grosso e “não pensam duas vezes para optar pelo nosso Estado quando planejam investimentos sérios na região Centro-Oeste”. Ele aponta que esta confiança é fruto da “credibilidade” que o governo estadual está oferecendo aos investidores. “O governo vem agindo com seriedade e transparência e as empresas que têm se instalado, têm colhido bons resultados”.

Palma lembra ainda que o interesse da Shell por Mato Grosso é porque o Estado “tem boas perspectivas de crescimento econômico” e porque “o grupo acredita na política fiscal séria do governo”. Segundo ele, as grandes empresas multinacionais voltaram seus olhos para Mato Grosso porque passaram a acreditar mais no futuro da região.





Fonte: Diário de Cuiabá

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