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Economia
Quarta - 26 de Setembro de 2007 às 17:58

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A participação da soja na produção do biocombustível deve diminuir nos próximos anos. A previsão é do Conselho de Administração da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio). Segundo estimativa da Ubrabio, atualmente 80% do biodiesel é produzido a partir da soja, 10% da gordura animal, 5% do algodão e 5% de outras matérias-primas, como mamona (entre 2% e 3%), por exemplo.

O presidente do Ubrabio, Juan Diego Ferrés, afirmou que quando o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) foi criado, em dezembro de 2004, a participação da soja era marcante porque era um cultivo mais resistente aos ciclos de preços altos e baixos.

“Porque a soja tem 80% de farelo que é a proteína que também agrega valor à produção. Porque quando o óleo cai de preço a soja não sofre tanto como amendoim, o girassol.” O farelo da soja é muito utilizado na alimentação animal.

“Quando o governo brasileiro deixou de manter uma políticas de preços mínimos, houve uma concentração na produção da soja e do milho, porque são as culturas que menos dependem de preço de teor de óleo”. Na opinião de Ferrés, o PNPB reverte essa lógica e cria um patamar de preços para as matérias-primas com teores de óleo mais elevados, como girassol, amendoim e mamona.

Segundo Ferrés, antes da mamona ser incluída no PNPB, as oscilações dos preços traziam prejuízos aos produtores. “Hoje a mamona é vinculada ao programa, o que garante um preço mínimo. E pelas aplicações mais nobres [como produção de lubrificantes, por exemplo], às vezes é valorizada mais que o dobro do que de outros setores”.

Ferrés espera ainda que o biodiesel torne-se cada vez mais competitivo no mercado. Ele defendeu que seja ampliada o porcentagem de adição de biodiesel de 2% ao diesel, obrigatoriamente a partir de janeiro de 2008, para 4%. Hoje, está prevista reunião com representantes dos produtores de biodiesel com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir sobre o mercado de biocombustíveis.

A segunda reunião do governo federal com as empresas de biodiesel que detêm o Selo Combustível Social foi realizada hoje, em Brasília. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o objetivo do encontro foi apresentar e debater os resultados alcançados e os desafios a serem enfrentados para a inserção da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel.





Fonte: TVCA

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