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Nacional
Quarta - 26 de Setembro de 2007 às 00:47

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O diretor de Relações Internacionais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Josef Barat, pediu demissão do cargo nesta terça-feira (25). A carta de demissão foi entregue ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, no começo da noite. Nela, Barat atribui sua saída a "razões de foro íntimo".

Ainda não foi indicado um substituto para ocupar seu lugar. Barat é o quarto diretor da agência a pedir demissão em pouco mais de um mês. A primeira a entregar o cargo foi Denise Abreu, no dia 24 de agosto.

Na carta, Barat afirma que a renúncia deve-se "à divergência entre seus pontos de vista e o que ele presenciou enquanto atuou na diretoria da agência".

"Razões de foro íntimo resultantes do fato de meus conceitos e convicções acerca da natureza de uma agência reguladora como organização de Estado – expostos exaustivamente em textos de minha autoria- conflitarem com o que presenciei ao longo do exercício de minhas funções na Agência Nacional de Aviação Civil, me impelem neste momento a renunciar ao mandato", disse Barat, na carta entregue ao ministro Jobim.

Debandada

Três diretores da Anac já haviam pedido demissão desde a posse de Nelson Jobim no Ministério da Defesa: Denise Abreu, Jorge Velozo e Leur Lomanto. Ex-diretora de Serviços Aéreos e Relações com Usuários, Denise Abreu foi a primeira a ceder a pressão e renunciar ao cargo. Ela é acusada de ter encaminhado documentos sem validade legal para a Justiça Federal de São Paulo para liberar as operações de alguns tipos de aeronave no Aeroporto de Congonhas.

Em seguida, mais dois diretores - Jorge Velozo e Leur Lomanto - entregaram os cargos. Com a saída de Barat, resta apenas o diretor presidente da agência, Milton Zuanazzi, da diretoria original, muito criticada por sua atuação durante a crise aérea.

Substituições

O brigadeiro Allemander Jesus Pereira Filho, primeiro indicado por Jobim para a Anac, já foi sabatinado pela Comissão de Serviços de Infra-estrutura do Senado. A indicação do brigadeiro para a diretoria de Segurança Operacional da Anac, no lugar de Jorge Velozo, foi aprovada por unanimidade, mas ainda depende da aprovação do plenário.

O segundo nome escolhido por Jobim foi o da economista Solange Vieira. O presidente Lula já aprovou a sua indicação para ocupar uma das diretorias vagas. Ela agora precisa ser sabatinada pela comissão do Senado e aprovada pelo plenário.

Jobim já indicou o economista Marcelo Pacheco dos Guaranys para um dos cargos vagos na Anac. O nome ainda precisa ser submetido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.





Fonte: G1

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