Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Terça - 25 de Setembro de 2007 às 17:43

    Imprimir


A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), indeferiu nesta nesta terça-feira o mandado de segurança impetrado pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), no qual ele pedia que as votações dos processos por quebra de decoro contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética do Senado fossem secretas.

Lima --que é um dos mais fiéis aliados de Renan-- justificou sua posição no mandado de segurança com o argumento de que tem direito a manter o sigilo de seu voto nas sessões do conselho.

"É absolutamente urgente e inadiável a concessão, que se conserve o direito do impetrante de se manter sob sigilo o teor do seu voto quanto às conclusões alcançadas pelos relatores nas representações dois, três e quatro [contra Renan] de 2007, bem como nas futuras deliberações", afirmou o senador na ação.

Lima foi um dos três relatores do primeiro processo contra Renan, no qual o peemedebista foi absolvido pelo plenário do Senado. Ao contrário dos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) --que recomendaram a cassação de Renan no primeiro processo--, Lima sugeriu o arquivamento da ação em um texto em separado.

Amanhã, o Conselho de Ética se reúne para definir se reunirá os três processos contra Renan em uma única ação ou se manterá a tramitação individual de cada um.

Voto secreto

O plenário do Conselho de Ética definiu na análise do primeiro processo contra Renan que a votação seria aberta, uma vez que não há uma norma específica no regimento do Senado para casos de perda de mandato.

A decisão gerou protestos de aliados de Renan, que defendem votação secreta nos processos contra o peemedebista tanto no Conselho de Ética quanto no plenário do Senado.

A Constituição Federal assegura a votação secreta para julgamento de quebra de decoro parlamentar no plenário do Senado, mas não faz nenhuma menção ao Conselho de Ética. O grupo pró-Renan argumenta que se a votação no plenário é secreta, os senadores não podem revelar seus votos no conselho --já que posteriormente votarão no plenário.

O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que vai novamente submeter ao plenário a decisão sobre a abertura da votação nos outros três processos que tramitam contra Renan. Quintanilha, assim como Lima, defende a votação secreta.





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/205773/visualizar/