Bovespa sobe 1,11%, puxada por ações da Vale; dólar bate R$ 1,87

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) zera as perdas acumuladas com a crise dos créditos imobiliários americanos.. Os ganhos da Bolsa brasileira são impulsionados pelas ações da Vale do Rio Doce, que puxam a fila das maiores valorizações do dia e são os papéis mais negociados do pregão.

O mercado também é favorecido pelo desempenho positivo das Bolsas estrangeiras, ainda sob influência do corte de juros americanos na semana passada.

A ação preferencial da Vale do Rio Doce tem ganho de 3,8%, cotada a R$ 49,07. O papel tem giro de negócios da ordem de R$ 380 milhões. Por sua liquidez, a ação da Vale é usualmente utilizada como "porta de entrada" dos investidores para a Bolsa, sendo alvo de compras por investidores estrangeiros, que deixaram R$ 1,8 bilhão no pregão brasileiro em setembro.

O Ibovespa, índice que acompanha as ações mais negociadas da Bolsa, avança 1,11%, aos 58.438 pontos. A pontuação corrente está acima do fechamento recorde do dia 19 de julho, quando o Ibovespa marcou 58.124 pontos. Também representa um retorno aos níveis pré-crise dos "subprime". O volume financeiro é de R$ 2,15 bilhões.

O dólar comercial é negociado a R$ 1,874 para venda, em alta de 0,21%. Hoje, o governo brasileiro informou que o superávit comercial (saldo positivo entre exportações e importações) no ano é de US$ 29,593 bilhões, uma queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 31,851 bilhões).

A injeção de bilhões de dólares no sistema bancário e surpreendente redução dos juros american em 0,50 ponto percentual, somente esperada pela parcela mais otimista dos analistas, ajudou os mercados a tomarem novo fôlego. A agenda econômica desta semana, no entanto, pode reservar novos sobressaltos. Amanhã, por exemplo, o mercado passa por novo teste, com a divulgação do índice de Confiança do Consumidor dos EUA, pelo Conference Board, além da venda de imóveis usados.

Hoje, a ausência de indicadores econômicos dos EUA mais relevantes, combinada com a falta de más notícias sobre problemas de bancos com os créditos subprime impulsiona as Bolsas de Valores, junto com a Bovespa.