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Nacional
Terça - 18 de Setembro de 2007 às 15:13

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Após dois meses do acidente com o airbus da TAM, amigos de Raquel Warmiling, uma das vítimas que viria para Mato Grosso, concederam entrevista exclusiva ao site da TV Centro América. Os amigos relembraram os momentos de angústia que viveram quando souberam que o avião em que Raquel estava era realmente aquele que se chocou com o prédio da empresa. Desespero, dor e lágrimas. "Raquel erá só felicidade. Não dá para dizer outra coisa dela", afirma Gabriela Damin, uma das amigas.

Raquel tinha 19 anos e estudava na PUC do Rio Grande do Sul. Cursava letras, mas o grande sonho era estudar psicologia. Em Mato Grosso, ela estudou no Colégio São Gonçalo e foi nesses tempos que ela conheceu Diego Galeano, Issaaf Karhawi, Gabriela Damin e Yuri Daltro. A mudança para Porto Alegre não causou uma ruptura na amizade entre ela e os que aqui ficaram. Sempre que podia, Raquel conseguia rever os amigos de Cuiabá.

As férias de julho seriam mais uma oportunidade encontrada para fazer isso. "Fizemos um roteiro de tudo. Os horários estavam todos programados para que essas férias fossem as melhores de nossas vidas", disse Gabriela.

É chegado o dia marcado (17 de julho). Raquel embarca por volta das 18h15 (horário de Brasília) no Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre. Às 18h48, o vôo esta previsto para aterrisar em Congonhas (SP). A aeronave teve problemas, percorreu toda a pista, virou à esquerda e bateu no depósito de cargas da TAM.

Os amigos recordam o local em que ouviram a primeira notícia do acidente. "Eu estava na academia. Não pensava que fosse o vôo da Raquel, devido ao fluxo de vôos em Congonhas", disse Diego. As duas outras amigas estavam em casa e a mesma incerteza pairou no ar. "Eu também não achei que fosse o vôo da Raquel. Estava muito cedo para ser o vôo dela", afirma Issaaf.

A confirmação só veio por volta de 1h da madrugada do dia 18 de julho. O grupo não sente nenhuma revolta com o acidente. A única dor presente entre eles é a saudade que sempre persiste em continuar. "Infelizmente o país sempre acorda nas tragédias. Era óbvio que várias mudanças deveriam ser realizadas em Congonhas", desabafa Issaaf.

Para os familiares da amiga, o grupo só pode desejar muita força em um momento de extrema perda. "Para a família da Raquel, só posso dizer que em momentos como esse é preciso ter muita força para encarar a situação", destaca Diego. E finalizam com uma certeza. "Só temos que seguir tudo o que a Raquel nos ensinou", ressaltam os amigos.

O acidente

O Airbus A320 da TAM se chocou contra um prédio da empresa ao lado do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e pegou fogo, no dia 17 de julho, causando a morte de 199 pessoas. A aeronave partiu de Porto Alegre por volta das 17h15 (horário de Brasília) e pousou em São Paulo às 18h48, provocando uma grande explosão e a morte de 187 pessoas que estavam a bordo e outras no solo.

Das quatro vítimas que moravam ou vinham para Mato Grosso, foi identificado no dia 26 de julho o corpo do empresário José Américo do Amaral. Ele era presidente de uma empresa de processamento de suínos em Diamantino. Apesar de morar e trabalhar em Mato Grosso, o empresário era radicado em Campo Grande (MS), onde ele tinha atuação política, ocupou cargos no governo e foi secretário de Estado.

Outra vítima que vinha para Mato Grosso já havia sido identificada no dia 22 de julho. A estudante Raquel Warmiling (19). Bruno Nascimento (21), que também morreu no acidente, era estudante de Direito e morava em Rondonópolis. Já Mariana Pereira (22) morou na cidade de Tangará da Serra e havia acabado de passar em um vestibular de medicina no Rio Grande do Sul. Ela era filha do médico Maurício Pereira.





Fonte: TVCA

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