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Economia
Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 18:41

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BRASÍLIA - Os atuais preços baixos do açúcar e do álcool poderão estimular uma nova onda de consolidação no setor sucroalcooleiro, informou nesta sexta-feira a Cosan .

A maior produtora brasileira de açúcar e álcool registrou vendas líquidas de 591,7 milhões de reais no seu primeiro trimestre fiscal da safra 2007/08 (maio a julho), de acordo com anúncio feito na noite de quinta-feira, resultado 37,3 por cento menor em relação ao mesmo período do ano passado.

A receita foi prejudicada pela queda nos preços do açúcar e do álcool, pela valorização do real contra o dólar e por chuvas fora de época, que obrigaram as usinas a interromper a colheita durante o trimestre.

Os preços internacionais do açúcar caíram fortemente em relação ao pico de 25 anos de quase 20 centavos de dólar por libra-peso, registrados em fevereiro de 2006, com a produção mundial crescendo em resposta aos preços altos, especialmente no Brasil e na Índia. Atualmente, as cotações estão em torno de 9,50 centavos de dólar na bolsa de Nova York.

Isso também pressionou o preço do álcool.

"Se por um lado (esse desequilíbrio) deve trazer graves consequências nessa safra, por outro, deve contribuir para uma maior seletividade entre os próprios produtores, de forma que uma dura lição possa ser aprendida", disse o vice-presidente financeiro da Cosan, Paulo Diniz, numa teleconferência.

"Ela pode ser o estopim de uma segunda onda de consolidação no setor sucroalcooleiro, com alguns players remanescentes ainda mais fortes, mas com a grande maioria bastante enfraquecida."

Diniz afirmou que o excedente no mercado mundial não está restrito ao açúcar -- também abrange o álcool.

Mas os preços baixos não devem afetar os planos de investimento da Cosan, com possíveis projetos fora do Brasil, já que as perspectivas de longo prazo continuam positivas, disse Diniz.

A empresa quer se tornar a primeira do mundo em energia renovável. Para conseguir isso, ela pretende mais do que dobrar sua capacidade de moagem de cana para entre 80 milhões e 100 milhões de toneladas/ano, contra 40 milhões de toneladas atualmente.





Fonte: Reuters

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