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Economia
Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 09:50
Por: Wellton Máximo

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A criação de empregos no país em 2006 foi menor que em 2005, revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, divulgado hoje (14), o aumento do número de postos de trabalho no ano passado foi de 2,4%, menos que os 3,1% registrados em 2005.

Em números absolutos, a geração de empregos também caiu na comparação com 2005. No ano passado, foram abertas 2,129 milhões de vagas, contra 2,493 milhões no ano retrasado. Em relação aos postos formais, também houve queda no ritmo. Em 2006, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada aumentou 4,7%, quase o dobro da média geral, mas inferior ao percentual de 5,2% alcançado em 2005.

Apesar da intensidade menor na criação de postos de trabalho, o desemprego, de acordo com a Pnad, caiu no ano passado, passando de 9,3% para 8,4%. De 2005 a 2006, o total de brasileiros sem trabalho passou de 8,953 milhões para 8,210 milhões.

O nível de ocupação, que mede a proporção das pessoas empregadas em relação ao total da população com mais de 10 anos de idade, ficou praticamente estável, passando de 57% para 57,2% no período. Exceto no Sudeste, onde a taxa cresceu 0,8 ponto percentual, passando de 55,4% para 56,2%, as demais regiões do país apresentaram apenas oscilação nessa taxa.

Uma possível explicação para a queda simultânea do desemprego e do nível de ocupação está na incapacidade de a economia absorver o contingente que todos os anos entra no mercado de trabalho. Um indicador dessa situação está no fato de que a chamada população não-economicamente ativa aumentou 3,5% de 2005 a 2006, mais de um ponto percentual acima da média de criação de postos de trabalho.

Pelos critérios do IGBE, a população não-economicamente ativa representa as pessoas não classificadas nem como ocupadas (empregadas) ou desocupadas (desempregadas). Como a definição de desocupado engloba apenas quem não tomou providências para conseguir emprego durante o período da pesquisa, as pessoas que desistiram de procurar trabalho são incluídas na população não-economicamente ativa, em vez de constarem como desempregadas.

A pesquisa revelou ainda que a geração de empregos foi maior entre as mulheres. Segundo a Pnad, o total de vagas destinadas à população feminina foi aumentou 3,3% em 2006. Isso é quase o dobro do emprego masculino, que subiu 1,8% no ano passado.





Fonte: de Brasília

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