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Saúde
Segunda - 03 de Setembro de 2007 às 10:27
Por: Jesiel Pinto

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) inicia a campanha anual de vacinação contra a raiva animal, em Mato Grosso, no dia 10 de Setembro. O objetivo é vacinar 506.610 cães, o que equivale a 80% da população canina do Estado, e 109.679 gatos. Este ano o “Dia D” da campanha será no dia 15 de Setembro, quando se desenvolverá um esforço especial para a imunização dos cães contra o vírus da doença. A campanha de vacinação anti-rábica vai até o dia 10 de Outubro de 2007.

No dia 8 de Setembro, comemorado como o Dia Mundial de Luta Contra a Raiva, médicos veterinários do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária ), Mapa (Ministério da Agropecuário e Abastecimento), do Conselho Estadual de Medicina Veterinária (CRMV/MT) e técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estarão desenvolvendo ações educativas com palestras e vacinação na Praça Ipiranga, no centro de Cuiabá.

“A raiva é uma doença causada por vírus, que ocorre nos mamíferos e pode ser transmitida ao homem pelo animal infectado. É incurável, sempre fatal, tanto para os homens como para os animais, causada pelo Lyssavírus, transmissível a humanos e a única forma de prevenção é a vacina anti-rábica. O último caso de humano contaminado pelo Lyssavírus, no Estado, aconteceu no ano 2.000. De lá pára cá nenhum caso foi registrado. Para manter essa situação é necessário que os proprietários de animais os mantenham imunizados, o que deve ser feito uma vez por ano”, aconselhou o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Oberdan Ferreira Coutinho Lira.

O coordenador informou que os municípios farão seus próprios arranjos para a vacinação, variando entre os dois métodos principais: vacinação casa a casa ou os proprietários conduzirem seus animais até os Postos de Vacinação.

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental (Covsam) realizou uma capacitação para 50 técnicos dos 16 Escritórios Regionais e dos municípios que possuem Centros de Controle de Zoonozes (CCZs), de 20 a 24 de Agosto, para atualizar os conhecimentos sobre imunização canina contra o Lyssavírus. A capacitação contou com a participação da coordenadora nacional do Programa da Raiva, do Ministério da Saúde, Lúcia Montebello. Os municípios que possuem CCZ são:Cuiabá, Várzea Grande, Juara e Rondonópolis.

A veterinária da Vigilância em Saúde Ambiental, Silene Manrique Rocha, lembrou que, de Janeiro a Julho de 2007, foram registrados apenas dois casos de raiva animal em Mato Grosso: um no município de Várzea Grande e outro na capital do Estado, Cuiabá. “Em todos os casos em que animais contraem o Lyssavírus e ficam contaminados com a raiva eles adoecem e morrem no prazo médio de 10 dias”, explicou a veterinária.

A bióloga da Vigilância em Saúde Ambiental, Márcia Alves Brito, disse que, “desde o ano de 2000, graças às campanhas anti-rábicas desenvolvidas no Estado e à participação dos proprietários de cães nessas ações, o número de casos de raiva vêm diminuindo drasticamente, sendo que o objetivo da Vigilância é, realmente, zerar o número de cães contaminados com o vírus da raiva”.

Márcia forneceu registros de uma série histórica que atesta bem essa queda. No ano de 2000 Mato Grosso registrou um total de 313 cães contaminados pelo Lyssavírus. Em 2001 esse número caiu para 192 casos. No ano de 2002 o número de caninos infectados com a raiva animal foi de apenas cinco animais. Houve um pequeno aumento de ocorrências em 2003 (18 casos) e 2004 (32 casos), mas logo no ano seguinte (2005) esse número voltou a cair para cinco casos positivos de raiva entre os caninos. No ano de 2006 apenas um caso de raiva canina foi registrado, em todo o Estado.

PREVENÇÃO – Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a cada 10 minutos morre uma pessoa contaminada pela raiva, no mundo, num total de 50 mil mortes por ano. Por isso recomenda-se que os proprietários de cães e gatos vacinem todos os anos seus animais de estimação. A vacina contra a raiva deve-se ao microbiologista francês, Louis Pasteur, que a desenvolveu em 1886.

Silene Manrique Rocha, recomendou que “qualquer pessoa que tenha sido mordida ou arranhada por um animal do qual não sabe se foi vacinado contra a raiva (cão, gato, etc) deve lavar o ferimento cuidadosamente com água e procurar, imediatamente, a Unidade de Saúde mais próxima. Se for possível, o animal agressor deve ficar preso até que um veterinário possa vê-lo. O animal deve ficar em observação por, pelo menos, 10 dias”.

Márcia Alves Brito acrescentou que “se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, deve-se comunicar imediatamente ao serviço de saúde. Se o animal vivo apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate. Procure o serviço de saúde”.

Recomenda-se, ainda, não tocar em animais desconhecidos, com comportamento estranho, feridos ou doentes, não perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo, não separar animais que estejam brigando, não entrar em grutas ou cavernas e tocar qualquer tipo de morcego (vivo ou morto) e não criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat natural.





Fonte: Assessoria/SES-MT

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