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Economia
Quinta - 23 de Agosto de 2007 às 17:30

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A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 9,7% no mês de julho, indicando estabilidade em relação ao mês anterior, quando o resultado foi de 9,5% da população economicamente ativa. Houve redução de 1,2%, no entanto, no rendimento médio dos trabalhadores no período, que passou de R$ 1.121,72 em junho para R$ 1.108,30 em julho. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, os resultados ficaram aquém das expectativas de redução no desemprego, já que no mês passado a taxa recuou pela primeira vez no ano.

“De junho para julho não houve muita alteração no mercado de trabalho. Ou seja, os dados acabaram não empolgando muito, embora a expectativa fosse que a taxa de desocupação continuasse recuando de forma significativa e isso não aconteceu. Se esperava que o rendimento apresentasse alta e isso também não aconteceu, ele caiu 1,2%. Então em relação a junho, os dados estão praticamente estáveis, com o detalhe de que o rendimento apresentou queda”, explicou o gerente da pesquisa.

De acordo com o levantamento, a redução da renda média reflete o recuo na remuneração obtida pelos trabalhadores no mercado informal, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Para Azeredo, a queda nos rendimentos pode ter sido originada em setores que normalmente mais absorvem trabalhadores informais e que em julho apresentaram redução nos salários pagos como o comércio (variação de 3,9%), a indústria (0,9%) e outros serviços (0,9%), que reúnem atividades ligadas a alojamento, hospedagem, turismo e transporte.

Azeredo destacou, no entanto, o desempenho positivo no mercado de trabalho em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Naquele mês, a taxa de desemprego foi de 10,7% e a renda média ficou 2,5% acima da registrada este ano, já descontados os efeitos da inflação.

“No vetor anual, os dados são extremamente positivos, onde se tem aumento do emprego com carteira assinada, aumento do rendimento, se percebe a queda forte na desocupação e o aumento no nível de ocupação”, argumentou o técnico.

Segundo os dados da pesquisa, cerca de 603 mil pessoas entraram no mercado de trabalho de julho 2006 para junho de 2007. Também diminuiu, em 255 mil, o contingente de brasileiros procurando emprego, que atualmente é de 22,2 milhões de pessoas.

Para Azeredo, embora o mês de julho não tenha apresentado muitas novidades em relação a junho, a tendência para os próximos meses é de redução do desemprego, já que tradicionalmente há um aquecimento da economia e do mercado de trabalho no segundo semestre do ano.





Fonte: AE

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