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Polícia Brasil
Segunda - 13 de Agosto de 2007 às 13:23

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O Ministério Público Estadual confirmou que vai protocolar no fim da tarde a decisão sobre o inquérito referente à Operação Guilhotina. De acordo com o promotor de Meio Ambiente, Domingos Sávio, o MP analisa se vai oferecer ou não denúncia contra os indiciados.

A Operação Guilhotina investigou o envolvimento de empresas, técnicos da própria Secretaria Estatual do Meio Ambiente (Sema) e engenheiros responsáveis por projetos de manejo e exploração ilegal de madeira.

O primeiro de seis inquéritos que investigam a exploração ilegal de madeira foi concluído no início de agosto pela Polícia Civil. O esquema desarticulado pela polícia movimentou, segundo as investigações, R$ 58 milhões com o comércio ilegal de madeira.

Mais de 100 madeireiras podem estar envolvidas com o esquema ilegal. Pelo menos 75 mandados de prisão expedidos pela Justiça Ambiental de Mato Grosso foram cumpridos na Operação, a partir da descoberta de suposto esquema de fraude.

A investigação apontou várias irregularidades como falsificação de guias para transporte e comercialização de madeira, e autorização para desmate. Além de várias prisões realizadas pela polícia, a Sema ainda suspendeu a comercialização de madeira por 30 dias.

Mas, o desembargador Juracy Persiani acatou os recursos das madeireiras e determinou que elas voltem a operar. Ele afirmou na decisão que a suspensão das atividades das empresas pode provocar grave crise econômica de difícil reparação pela falta de recursos e sérios problemas sociais.

CPI da Sema

Nesta semana, dez pessoas vão prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema, que investiga irregularidades na Sema. A partir da terça-feira (14), três técnicos em atividade na Sema, um ex-funcionário de nível técnico e os seis empresários, cujos projetos deram origem à "Operação Guilhotina", desencadeada no mês de julho.

Serão os primeiros a depor: o ex-superintendente de Gestão Florestal da Sema, Rogério Rodrigues da Silva e o atual secretário-adjunto de Meio Ambiente, Batilde Jorge Abdala. Este último foi quem fez o encaminhamento dos projetos irregulares ao MPE. Eles serão ouvidos na condição de testemunhas na terça-feira (14), em sessão extraordinária a ser realizada às 9h, no Auditório René Barbour, na Assembléia Legislativa. Na quarta-feira (15) será a vez do Superintendente Jurídico da Sema, César Augusto de Arruda e do Superintendente de Gestão, Afrânio Migliari, deporem na sessão ordinária que será realizada a partir das 14h.

Os empresários convocados para depor na condição de declarante são: Youssef Nassin Katri, proprietário da Fazenda Suíça; Silmara Mirley dos Santos Nunes, da Fazenda McTube; Walmor Brunin, da Fazenda Gislaine I, Maria Geraldina Souza Gasgues, da Fazenda Vale Formoso; Temístocles Nunes da Silva Sobrinho, da Fazenda Amazonas e José Roberto Barros de Carvalho, da Fazenda Lua Cheia.

Os depoimentos acontecerão também em duas etapas: no dia 16 de agosto, às 14h, em sessão extraordinária, vão depor José Roberto Barros de Carvalho e Silmara Mirley dos Santos, faltando definir quem será o terceiro depoente. Os três empresários restantes serão ouvidos pela CPI da Sema no dia 21 de agosto, também em sessão marcada para as 9h.





Fonte: Redação TVCA

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