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Esportes
Domingo - 12 de Agosto de 2007 às 18:31

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SÃO PAULO - Alberto Dualib vai colocar nas mãos dos advogados e de seu cardiologista o seu retorno à presidência do Corinthians. Em entrevista ao "Esporte Espetacular", veiculada pela TV Globo neste domingo, o dirigente quebrou o silêncio de quase dois meses com a imprensa e nem confirmou nem descartou a possibilidade de renunciar ao cargo.

Dualib e seu vice-presidente Nesi Curi pediram afastamento por 60 dias das atividades no clube para preparem sua defesa no processo que respondem na Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Aos 87 anos, o mandatário disse estar "sofrendo muito".

"Passo as noites sem dormir. Não esperava no final da vida ver meu nome envolvido nessas coisas", disse Dualib, voz mansa e demonstrando abatimento. "Quero provar minha inocência e depois consultar meu cardiologista. Vou esperar esses 60 dias e depois tomarei uma posição clara, objetiva."

Dualib também afirmou estar magoado com seus ex-vice-presidentes, que pediram demissão devido à proximidade do dirigente com o empresário Renato Duprat, a quem sobram críticas no clube. Nos últimos meses, se afastaram Flávio Adauto (comunicações), Edgar Soares (social), Osmar Stabile (esportes terrestres), Maria Felippini (esportes aquáticos) e Jorge Kalil (marketing). Restou apenas Antonio Jorge Rachid Júnior (administrativo). "Dei prestígio a eles, que participaram das despesas do clube e na hora principal acharam que era bom se afastar", reclamou. "Sempre teve gente na administração que era contra a parceria (com a MSI). Isso foi minando, fazendo com que não desse certo."

O destino de Dualib, porém, também passa pelas mãos do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo José Percival Albano Nogueira Júnior, dos advogados Rogério Mollica, José Carlos de Mattos e Alexandre Husni (também vice-presidente do Conselho Deliberativo) e do empresário Osmar Basile (dono da Faculdade Drummond). Os cinco formam a comissão que analisará documentos e conduzirá o processo de impeachment. A análise será em quatro itens: denúncia do Ministério Público (de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha), reprovação das contas, gestão temerária e irregular e não pagamento de impostos.

A conclusão do quinteto será levada ao Conselho Deliberativo, que também estudará as defesas de Dualib e Nesi. Se forem reprovadas, será convocada uma assembléia de sócios para definir o impeachment.




Fonte: Estadão

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