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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 09 de Agosto de 2007 às 09:01

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Montante será destinado a novas fábricas, unidades de moagem e expansões. A Votorantim Cimentos, que possui cerca de 40% do mercado, anunciou ontem doze novos investimentos, que somados a recém-divulgada fábrica de Xambioá (TO) e à unidade de moagem de Bacarena (PA) totalizarão R$ 1,66 bilhão até 2010. A empresa não contará com financiamento alternativo como os bancos de fomento.

"Acreditamos que o Brasil entrará numa nova etapa de crescimento. Todos os países do mundo que tiveram redução na taxa de juros e facilitação do acesso a financiamento tiveram um forte aumento da demanda por habitação", explicou Walter Schalka, presidente da Votorantim Cimentos.

No total, serão três novas fábricas integradas (em Baraúna(RN), Vidal Ramos (SC) e Xambioá (TO)); cinco novas unidades de moagem (Barcarena (PA), Pecém (CE), Aratu (BA), Sepetiba (RJ) e outra sem local definido no litoral de Santa Catarina); uma fábrica reativada (em Cocalzinho (GO)); duas expansão (nas unidades de Nobres (MT) e de Salto de Pirapora (SP)); e cinco novas unidades de produção de argamassa (Pecém, Aratu, Goiânia (GO), Esteio (RS) e em São Paulo). (Ver gráfico) Todos esses projetos elevarão a capacidade de produção das atuais 25 milhões de toneladas por ano, para quase 33 milhões de toneladas. Apesar de trabalhar com ociosidade de aproximadamente 30%, reservados para atender a sazonalidade, os investimentos refletem o bom momento da construção civil no País. "Trabalhamos sempre a frente do crescimento do mercado", disse Schalka.

A produção de cimento voltou a atingir as 39,5 milhões de toneladas, mesmo índice do ano 2000, após um período de desaceleração. Para este ano, a empresa projeta que essa produção nacional chegará a 42,5 milhões de toneladas. A idéia da Votorantim é aproveitar ao máximo esse período de expansão e se aproximar mais dos consumidores. "Vamos cobrir o Brasil de forma mais adequada", afirmou. Além disso, a empresa escolheu as localizações de suas moagens próximas ao litoral, pois estuda a possibilidade de navios no transporte de clínquer, estágio anterior à produção de cimento.

Apesar do panorama favorável, o mercado brasileiro é considerado imaturo. Com consumo per capita de 200 quilos de cimento por habitante no ano, 70% do cimento comercializado é ensacado. "Isso demonstra que a autoconstrução é muito forte", explicou o presidente da Votorantim. Nos EUA, por exemplo, cerca de 90% do cimento vendido é a granel, utilizado em processos para de construção de pré-moldados, entre outros. O consumo per capita de cimento no Brasil também ainda é considerado baixo.

Até mesmo países em desenvolvimento, como o México, registram índice per capita maiores que o Brasil, de 300 quilos por habitante.

Exportações

Apesar da desvalorização do dólar em relação ao real, Schalka contou que a empresa pretende triplicar suas exportações este ano em relação às 700 mil toneladas embarcadas em 2006. "As margens são menores, mas é importante exportar para consolidar a posição da empresa nos mercados estratégicos." O executivo disse que estuda outros países para investir. Atualmente a empresa possui fábricas nos EUA e Canadá. "Vamos priorizar os mercado mais maduros", disse. Apesar do interesse, Schalka ressaltou que por conta do atual momento, marcado por grandes fusões, os ativos de cimento estão muito valorizados.

O executivo afirmou que tem interesse na Tarmac, unidade da Anglo American que está a venda. "Vamos olhar", disse.





Fonte: Gazeta Mercantil

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