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Internacional
Domingo - 05 de Agosto de 2007 às 17:14

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Jerusalém, 5 ago (EFE).- Os serviços israelenses de inteligência militar consideram muito provável que as principais facções palestinas, o Hamas e o Fatah, voltem a se enfrentar em breve, desta vez na Cisjordânia, segundo a imprensa local.

De acordo com a imprensa, o chefe da Divisão de Investigação dos Serviços de Inteligência do Exército, Yossi Baidatz, fez a advertência em um comparecimento neste domingo ao gabinete ministerial israelense.

Baidatz explicou que sua previsão se baseia em que as forças de segurança do Fatah tentaram vencer o Hamas na Cisjordânia, mas não conseguiram, após perder em junho o controle da Faixa de Gaza, atualmente sob controle dos islâmicos.

Os corpos de segurança leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, ainda confiam no Exército israelense para combater o Hamas, acrescentou.

Baidatz acredita ainda que o grupo fundamentalista se prepara para dar um novo passo em seu conflito com Israel.

Em seu discurso, o chefe da inteligência militar israelense informou que não é o Hamas, no entanto, o grupo que lança a maioria de foguetes artesanais contra o sul de Israel, e sim a organização Jihad Islâmica.

Ao contrário do Hamas, a Jihad Islâmica rejeitou em 2005 a trégua das milícias palestinas em sua luta contra Israel, que no sábado matou três membros de seu braço armado, as Brigadas Al Quds, em um ataque aéreo contra a cidade de Rafah, no sul de Gaza.

O chefe militar disse que o Exército do Islã, grupo que reteve durante quase quatro meses o jornalista britânico Alan Johnston, está emergindo como um braço da rede terrorista Al Qaeda em Gaza, mas quase não tem força.

O Hamas ainda não decidiu como tratar esta organização, segundo o militar.

Ele reconheceu que a crise humanitária em Gaza devido ao fechamento das passagens com Israel e Egito é real. Segundo a ONU, 80% dos 1,5 milhão de habitantes de Gaza dependem dos doadores internacionais.

O responsável militar ressaltou também que a Síria continua temendo um ataque israelense, apesar dos repetidos desmentidos das autoridades de Israel.

Baidatz confirmou que o regime de Damasco aumentou sua atividade militar, mas não deseja um conflito com o país vizinho, e, por isso, é improvável que o inicie, contra as previsões de outros responsáveis do Exército israelenses.

Vários responsáveis militares israelenses davam como certo nos últimos meses que a Síria lançará um ataque contra Israel ainda este ano, algo que as autoridades políticas dos dois países negam.





Fonte: EFE

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