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Nacional
Quinta - 02 de Agosto de 2007 às 13:06

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O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, disse nesta quinta-feira, em depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, que a companhia disponibilizou US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,8 bilhões) para as indenizações e gastos materiais do acidente com o Airbus-A320 --o que inclui o pagamento aos parentes das vítimas e a cobertura da parte material do choque.

"É um amplo valor para cobrir danos às pessoas e aos bens. A TAM vai se responsabilizar integralmente pelo pagamento da indenização. O que nos consola é a fé e a crença. A gente não consegue ter de volta nossos entes queridos, mas podemos as necessárias condições de apoio", afirmou.

Bologna disse que vai entregar à CPI cópia de carta encaminhada aos parentes das vítimas com os detalhes das negociações sobre o acidente. O presidente da TAM assegurou que a apólice do acidente cobre os moradores do entorno de Congonhas, que foram retirados de casa após o choque da aeronave, além do taxista morto na tragédia --que passava no local do acidente.

"Os valores serão amplos para cobrir todos os direitos do vitimados em vôo e em solo", disse.

Peso

O presidente da TAM afirmou que o avião voava com peso abaixo do máximo previsto para a aeronave. Segundo ele, o avião pousou no terminal com 62,7 toneladas, enquanto o máximo previsto era de 64 toneladas.

Bologna disse que a aeronave foi incorporada à frota da TAM em dezembro do ano passado, mas já tinha 22% de sua vida útil, já que foi adquirida em consórcio firmado pela companhia com empresas internacionais.

"O avião tinha 26.320 horas de vôo. Quando chegou à TAM, veio com 13.400 horas de vôo, com 22% de sua vida útil, um percentual abaixo da nossa política para aquisição de aeronaves", afirmou.

O presidente da TAM disse que o comandante da aeronave morto no acidente, Kleyber Lima, era muito experiente e acumulava mais de 600 mil horas de vôo. "Em dezembro do ano passado ele passou por um teste no simulador de vôo. Em maio deste ano, teve checagem com um instrutor. É um comandante que a gente lamenta muito a sua perda, ele estava também em testes para operar rotas internacionais", afirmou.

Reverso

Bologna reconheceu que a aeronave estava com um de seus reversos "pinados" (travados), mas ressaltou que a Airbus autoriza o vôo até quando os dois reversos das aeronaves estão travados. Ele ressaltou, no entanto, que a companhia aérea faz manutenções periódicas nas aeronaves e cumpre as normas internacionais de segurança aérea.

Segundo o presidente da TAM, entre 2003 e 2006, a empresa não registrou nenhum acidente aéreo. No mesmo período, no entanto, Bologna disse que foram contabilizados 438 incidentes com suas aeronaves --que vão desde pneus furados até a suspensão de decolagens.

Ele prometeu encaminhar à CPI documentos que detalham as manutenções realizadas no Airbus que se acidentou em Congonhas. Bologna assegurou que, no dia do acidente, o avião respeitou os limites de combustíveis, voando com apenas um quarto de sua capacidade nos tanques.





Fonte: Folha Online

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