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Economia
Quinta - 26 de Julho de 2007 às 21:00

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Um total de 57% do emprego urbano na América Latina é informal e o número está aumentando desde os anos 90 de forma 'surpreendente e preocupante', apontou estudo do Banco Mundial apresentado nesta quinta-feira na Cidade do México.

Os informais independentes, que trabalham por conta própria ou são donos de microempresas, representam uma média de 24% do emprego urbano na região. No Brasil, essa taxa é de 19%. O estudo aponta também que 76% das microempresas brasileiras não têm autorização para funcionar, e 94% não pagam impostos.

O índice de informais independentes na Argentina (15%), no Chile (18%) e no Uruguai (20%), assim como no Brasil, ainda é inferior a países como Bolívia (36%), Colômbia (39%), Peru (35%), Venezuela (35%) e República Dominicana (37%).

Por sua parte, os trabalhadores informais assalariados representam 33% do emprego urbano. O número vai de 17% no Chile a níveis de 41% na Bolívia e na Guatemala, 44% no México, 46% no Peru, 47% na Nicarágua, 48% no Paraguai e 49% no Equador.

Os altos níveis de informalidade na América Latina e no Caribe são um sintoma de falhas institucionais e limitam as oportunidades de crescimento e bem-estar social nos países da região, indica o relatório 'Informalidade: Escape e Exclusão', desenvolvido por seis economistas do Banco Mundial.

Benefícios à formalidade

'Um melhor clima de investimentos permitirá que as empresas formais cresçam e paguem salários mais altos, tornando menos atraente se manter na informalidade', afirmou o colombiano Guillermo Perry, economista-chefe do BM para a América Latina e o Caribe, durante a apresentação do documento.

O estudo afirma que os países latino-americanos devem, entre outras coisas, facilitar o registro de novas empresas, simplificar a lei tributária e ampliar os benefícios associados à formalidade, como o acesso ao crédito, à segurança jurídica e aos programas de desenvolvimento empresarial. Também devem flexibilizar o mercado de trabalho e melhorar a cobertura e o desenho da seguridade social, bem como aplicar a lei de maneira 'firme'.

O Banco Mundial ressaltou que, na média, os trabalhadores independentes da região disseram ter níveis de satisfação no trabalho semelhantes ao que teriam em empregos no setor formal, para os quais estão qualificados. No entanto, uma média de um terço dos independentes (59% na Colômbia) prefeririam ter trabalhos formais.

Emprego melhor

Por outro lado, a maioria dos trabalhadores informais assalariados se sente menos satisfeito do que poderia estar no mercado formal, e está procurando um emprego melhor.

México e República Dominicana, contudo, são duas exceções 'notáveis', segundo o Banco Mundial. Nesses países, as pessoas dizem ter um nível de bem-estar semelhante, sem importar se trabalham no setor informal ou no formal.

O Banco Mundial disse que o trabalho informal assalariado continua sendo um ponto de entrada no mercado de trabalho para os jovens na região. Cerca da metade dos empregos nesse setor são ocupados por eles.





Fonte: EFE

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