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Economia
Quinta - 26 de Julho de 2007 às 12:44

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Brasília - Os diretores do Banco Central (BC) que votaram por uma redução menor de juros, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os chamados "dissidentes", entenderam que um corte de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic contribuiria para estender no tempo o processo de flexibilização na política monetária. É o que revela a ata da última reunião em que os diretores do BC reduziram a taxa Selic de 12% ao ano para 11,5% ao ano, por quatro votos a favor e três pela redução da taxa em 0,25 ponto porcentual.

Os analistas do mercado estavam atentos à linha de pensamento desses dissidentes para traçar as expectativas futuras de queda da taxa de juros. A ata voltou a colocar a palavra "maior", antes de parcimônia, para expressar a necessidade de maior intensidade de cautela na redução da Selic. Na ata anterior, de junho, não havia essa referência de intensidade.

O texto geral da ata da última reunião é praticamente idêntico ao da ata de junho, com algumas minúcias sutis de diferença. A ata também voltou a ressaltar a contribuição do setor externo para a consolidação de um cenário benigno para a inflação, "especialmente pela disciplina exercida sobre os preços de bens transacionáveis e por meio da ampliação dos investimentos em ambiente de demanda aquecida".

Segundo a ata esse cenário benigno do setor externo mitiga riscos presentes no cenário de inflação. Na avaliação dos diretores do Banco Central, essa contribuição do cenário externo estaria ampliando "o escopo" para que as taxas de crescimento da demanda agregada e da oferta doméstica voltem a se equilibrar em um prazo relevante para as decisões de política monetária, sem comprometer a convergência para a trajetória das metas de inflação. Por isso, destaca o documento, quatro membros do Copom entenderam que o balanço de riscos para a evolução futura da inflação ainda justificaria reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual.

Os diretores do BC destacam ainda no documento que para a preservação das importantes conquistas obtidas no combate à inflação e manutenção do crescimento econômico será demandado que a partir "de um determinado ponto" a flexibilização da política monetária possa ser conduzida com maior parcimônia.





Fonte: AE

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