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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 26 de Julho de 2007 às 11:12

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A contribuição do setor externo na economia brasileira, principalmente as importações que aumentam a oferta de produtos no país, foi determinante para a manutenção do ritmo de corte de juros promovido na semana passada pelo Banco Central. A maioria dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central entendeu que os bens importados ajudam a disciplinar os preços e a aumentar os investimentos.

"A maioria do Copom, entretanto, argumentou que a contribuição do setor externo para a consolidação de um cenário benigno para a inflação no horizonte de projeção, especialmente pela disciplina exercida sobre os preços de bens transacionáveis e por meio da ampliação dos investimentos, em ambiente de demanda aquecida, mitiga riscos presentes no cenário prospectivo para a inflação", justifica a ata da última reunião, que reduziu a taxa Selic para 11,5% ao ano.

A decisão do colegiado não foi unânime. Quatro membros votaram pelo corte de meio ponto, enquanto outros três preferiam a manutenção do ritmo de redução das reuniões anteriores, de 0,25 ponto percentual. Na reunião anterior, realizada em junho, o placar ficou em cinco votos por um corte maior contra dois que sugeriram um corte menor.

Na avaliação desse grupo majoritário, o setor externo contribui positivamente porque ajuda a equilibrar o ritmo de crescimento da demanda com o ritmo de crescimento da oferta de modo a não comprometer a trajetória de inflação para a meta.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br Os membros do Copom que defenderam um corte menor alegaram que essa redução no ritmo contribuiria para estender o período do processo de redução das taxas de juros. Eles voltaram a apontar também que o processo de flexibilização da política monetária, iniciado em setembro de 2005, ainda não surtiu efeito integral na economia e o fortalecimento da atividade econômica como fatores para um corte menor.

Embora esse argumento tenha sido vencido, o documento alerta que a expansão da demanda interna poderá impor riscos para a dinâmica inflacionária. Esse aviso já tinha sido dado na ata da reunião de junho.

"O setor externo, que vem contribuindo de forma importante para ampliar a oferta agregada, continua tendo influência predominantemente benigna sobre as perspectivas para a inflação, ao passo que o ritmo de expansão da demanda doméstica pode vir a colocar riscos para a dinâmica inflacionária."

Assim como em outras atas, o Copom voltar a afirmar que a flexibilização da política monetária será conduzida com 'maior parcimônia' para que as conquistas obtidas com o controle dos preços sejam mantidas. O documento não afirma a partir de que momento essa posição será adotada.

"Os membros do Copom entendem que a preservação das importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na manutenção do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real, demandará que, a partir de um determinado ponto, a flexibilização da política monetária passe a ser conduzida com maior parcimônia."





Fonte: Folha Online

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