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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 24 de Julho de 2007 às 10:45

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MADRI - O Centro Nacional de Inteligência (CNI) da Espanha afirmou ter detido um suposto agente duplo, acusado de vender segredos de Estado para um serviço de espionagem de outro país, entre 2001 e 2004.

O diretor do CNI, Albert Saiz, divulgou a informação em uma entrevista coletiva, mas não quis identificar o país que contratou os serviços do agente duplo. Vários meios de comunicação da Espanha afirmaram se tratar da Rússia.

Roberto Flórez García, detido nas Ilhas Canárias na segunda-feira, vendeu dezenas de identidades, bem como outras informações, sobre as equipes de espionagem da Espanha, afirmou Saiz. Flórez García atuou entre 2001 e 2004, quando deixou a agência.

Segundo o diretor do CNI, nenhuma informação sobre a luta antiterrorista realizada pelo país havia sido divulgada.

"A segurança nacional não correu riscos", afirmou, acrescentando que tampouco tinham sido divulgadas informações capazes de afetar a segurança da União Européia (UE) ou da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Apesar disso, as informações vendidas por essa pessoa provocaram, logicamente, danos internos a nossa organização, danos especialmente quanto a nossos procedimentos, nossas estruturas internas, a identidade de alguns de nossos membros e algumas atividades da área de contra-inteligência", afirmou.

Flórez García vinha sendo investigado desde 2005 e pode ser condenado a uma pena de 6 a 12 anos de prisão.

A divulgação dessa notícia acontece em um momento de crise nas relações entre a Rússia e a Grã-Bretanha, que expulsaram diplomatas reciprocamente depois de o governo russo ter se negado a extraditar um ex-agente da KGB acusado de matar um outro ex-espião da Rússia em Londres.

A rádio RNE afirmou que Flórez García trabalhou durante 12 anos no CNI, até pedir demissão em 2004. E acrescentou que não se trata, tecnicamente, de um caso de agente duplo porque foi Flórez García quem se ofereceu para dar informações em troca de dinheiro.




Fonte: Reuters

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