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Economia
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 22:59

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O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, expressou desapontamento com o acordo proposto pelos mediadores para questão agrícola e industrial da Organização Mundial de Comércio (OMC) por estar inclinada demais em direção as nações mais ricas. O rascunho do acordo para liberalização dos mercados agrícolas e industrial divulgado hoje convida os EUA a reduzirem seus subsídios agrícolas para um nível entre US$ 13 bilhões e US$ 16,4 bilhões. Contudo, o acordo também demanda maior concessão dos principais países em desenvolvimento em termos de abertura de seus mercados industriais.

"Os documentos têm problemas", disse Amorim a jornalistas em Bruxelas, depois de se reunir com o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson. O ministro disse que o Brasil ainda está estudando a proposta, mas ela parece demandar maior corte de tarifas industriais do que agrícolas. "Um equilíbrio seria preferível", disse Amorim. Todos os 150 membros da OMC vão iniciar novas negociações baseadas nestes dois documentos na próxima semana em Genebra, para onde Amorim viaja amanhã. As negociações comerciais da chamada rodada Doha tem como objetivo acrescentar bilhões de dólares à economia mundial e ajudar os países mais pobres a desenvolver suas economias através de novos fluxos comerciais. Contudo, as negociações vêm se debatendo desde o seu início há seis anos na capital do Qatar, principalmente por causa da disputa entre países ricos e pobres sobre a eliminação de barreiras para o comércio agrícola e de bens industriais.

Brasil e Índia criticam os EUA pela sua incapacidade de oferecer um corte grande o suficiente em seu orçamento de subsídios. Por outro lado, os EUA e a União Européia culpam Brasil e Índia de não apresentarem ofertas sérias para abrir seus mercados industriais, quando do fracasso da negociação entre os quatro, no chamado G-4, realizada no mês passado na Alemanha. As informações são da Associated Press, citada pela Dow Jones.





Fonte: AE

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