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Internacional
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 21:52

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Ao todo 174 corpos, a maioria completamente carbonizada, já foram resgatados do local onde caiu o avião da TAM na terça-feira, segundo o mais recente balanço parcial da Secretaria Estadual de Segurança de São Paulo.

Dos corpos retirados na tarde de hoje, 146 tinham sido registrados e apenas nove foram identificados, explicou a porta-voz da Secretaria, Teresa Cristina, na sede do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.

Outras três pessoas foram oficialmente dadas como mortas em terra no armazém de carga de TAM Express, contra o qual o Airbus se chocou após a aterrissagem fracassada. Com isso, o número de mortos contabilizados até agora é de 177.

"A identificação desses nove corpos foi facilitada porque eram pessoas que estavam no posto de gasolina, no armazém de carga e nos últimos assentos do avião, na parte traseira", disse Cristina.

A identificação pôde ser feita visualmente mesmo com os corpos queimados, explicou.

Ao se chocar contra o armazém de carga, o avião explodiu e imediatamente causou um forte incêndio, com chamas de mais de 20 metros.

Segundo membros da equipe de resgate, o local da tragédia se transformou em um forno com temperaturas de 1.000 graus no interior da fuselagem.

Dezenas de unidades de bombeiros trabalharam por mais de 10 horas para apagar totalmente as chamas e os rescaldos do avião, do armazém e do posto de gasolina adjacente.

Os mais de 30 legistas que trabalham na recuperação dos restos carbonizados concordam que os trabalhos de identificação serão difíceis.

As altas temperaturas derreteram pistas como próteses dentárias de platina e ouro, e por isso os peritos buscam a presença de metais mais resistentes como titânio de placas e próteses em ossos para auxiliar na identificação.

Em boa parte dos casos, será preciso recorrer a exames de DNA, que demoram.

A identificação não será feita de maneira precipitada porque "há pressão das seguradoras, que querem evitar problemas com heranças.

Vai levar o tempo necessário para cada corpo", disse Cristina.

Segundo a Secretaria, "para tornar um pouco menos doloroso este momento tão delicado" os parentes não precisam ter contato direto com os restos.

Em muitos casos, além de impressões digitais, fotografias e detalhes de corpos e pertences como cicatrizes, tatuagens, piercings, relógios, anéis e raios-X de arcadas dentárias, serão recursos de identificação.

"Apenas nos casos extremos os parentes devem fazer o reconhecimento pessoal", disse a Secretaria.





Fonte: EFE

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