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Nacional
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 17:48

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Autoridades que investigam o acidente com o avião da TAM afirmaram ao G1 que a aeronave, por algum motivo ainda não esclarecido, acelerou depois de já ter tocado com os pneus na pista de Congonhas durante o pouso.

Essa primeira análise do acidente pelos órgãos de governo, ainda preliminar, foi feita após a coleta de imagens do aeroporto (com filmagens da pista principal), de informações de operadores da torre de controle e de dados fornecidos por pilotos de outras aeronaves.

Ao G1, fontes do governo disseram que o avião iniciou seu pouso de maneira correta, tocando no solo de Congonhas antes da marca 1.000 -uma pintura com duas faixas brancas paralelas na pista.

A marca fica a 1.000 pés (cerca de 330 metros) da cabeceira da pista. A pista tem 1.940 metros.

Se o avião tocar o solo antes ou em cima da marca, esse é um dos primeiros indícios para o piloto de que ele iniciou corretamente seu procedimento de pouso. Se o avião tocar o solo após a marca 1.000, pode ser recomendável que o piloto arremeta -tente acelerar e levantar vôo novamente.

Um outro fator que reforça a tese de um início de pouso normal é o fato de a torre de controle de Congonhas ter permitido a decolagem de outro avião segundos depois de o vôo da TAM ter tocado na pista.

As informações que as fontes do G1 obtiveram indicam que o avião voltou a acelerar em um momento em que ele já estava desacelerando, bem avançado na pista de Congonhas. Para eles, isso indica que o piloto tentou arremeter. Não está descartada, no entanto, alguma falha técnica que tenha feito o avião acelerar sem que fosse essa a vontade do piloto. Ou ainda que o piloto tenha tentado algum outro procedimento.

Mas, quando o piloto tentou essa manobra (ou a aeronave acelerou involuntariamente), o avião já estava avançado na pista de Congonhas -uma pista considerada curta, principalmente em dias chuvosos, em que se faz necessário um maior espaço para a frenagem completa da aeronave.

Teria sido, portanto, uma manobra arriscada -mas não necessariamente impossível. Ou uma falha no equipamento que levou a aeronave a acelerar inexplicavelmente.





Fonte: G1

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