Bovespa recua 0,18%, aos 57.557 pontos; dólar sobe e fecha a R$ 1,861
O dólar comercial fechou em alta de 0,05%, cotado a R$ 1,861 para venda nos últimos negócios desta quarta-feira. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou os 159 pontos às 17h27, com avanço de 0,63%.
O pregão brasileiro voltou a seguir as perdas verificados nas Bolsas americanas, influenciadas por resultados corporativos abaixo do esperado, assim como pelo discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos), Ben Bernanke.
Hoje, ele afirmou que a desaceleração do setor imobiliário irá prejudicar a economia dos Estados Unidos em 2007 e até 2008, mas outros setores manterão um crescimento "moderado". Além disso, Bernanke voltou a dizer que a entidade continua preocupada com as pressões inflacionárias.
No âmbito doméstico, o investidor trabalha sob a expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que divulga nesta quarta-feira a nova taxa de juros básica do país. Os analistas do mercado acreditam que a entidade irá promover um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, atualmente em 12% ao ano. No entanto, a repercussão do possível corte ficará apenas para amanhã, uma vez que o anúncio será feito após o encerramento dos negócios no mercado brasileiro.
Na cena corporativa, a forte queda verificada nas ações das companhias aéreas contribuiu ainda mais para o recuo do pregão brasileiro. Os papéis das companhias aéreas TAM e Gol repercutem o acidente de ontem com um avião da TAM que se chocou contra um prédio da empresa no aeroporto de Congonhas.
Os papéis PN (preferenciais) da TAM recuam 9,07%, a R$ 60,30. As ações PN da Gol registram queda de 2,64%, a R$ 54,90. Já as ações ON (ordinárias) da Embraer desvalorizaram 1,37%, a R$ 22,21. As ações da EADS, empresa que controla a Airbus, caíram 2,72%, vendidas a 23,22 euros.
Segundo Emerson Lambrecht, diretor de operações da corretora Solidus, as preocupações com o segmento imobiliários nos EUA contribuíram para a queda das Bolsas no mercado internacional, assim como no Brasil. "A divulgação de que dois hedge funds estão com grandes problemas prova que essa preocupação tem fundamento. Além disso, os gestores de fundos, muito em função das altas dos últimos pregões, aproveitaram para reduzir suas posições", explica.
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