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Cresce risco de ataque da Al Qaeda aos EUA, diz relatório
A rede terrorista Al Qaeda poderá usar seu braço no Iraque para atacar os Estados Unidos, alertaram nesta terça-feira agências de inteligência americanas. O alerta foi dado em um novo relatório de Estimativas de Inteligência Nacional dos EUA, elaborado por 16 agências de espionagem do governo, que afirma que o nível de ameaça terrorista contra o país é atualmente elevado.
O texto aponta que, pelos próximos três anos, os EUA deverão enfrentar uma "persistente ameaça terrorista" contra o país, principalmente devido ao crescimento do braço da rede terrorista al Qaeda no Iraque.
Além da Al Qaeda, o movimento xiita Hizbollah no Líbano, apoiado pelo Irã, e mesmo grupos radicais não-muçulmanos representam uma "ameaça persistente" contra o solo americano, segundo o relatório.
Mas o foco do estudo americano é mesmo a rede do saudita Osama bin Laden, considerada a mais grave ameaça terrorista para o país. O texto deixa claro que o braço da Al Qaeda no Iraque, que ainda não ameaçou diretamente o solo americano, poderá se tornar um problema também dentro dos EUA.
Os analistas apontam no texto que a associação da Al Qaeda com extremistas no Iraque ajuda o grupo a "energizar" a comunidade sunita radical, levantar recursos e recrutar novos terroristas --"até mesmo para ataques dentro dos EUA".
O relatório afirma também que o segmento mais violento e extremista dos muçulmanos no Ocidente está se expandindo. "Mas esta ameaça muçulmana interna não será, provavelmente, tão severa nos EUA quanto já é na Europa", diz o texto.
Oportunismo
Estimativas de Inteligência Nacional são as mais importantes avaliações escritas por 16 agências de espionagem do governo americano. Estas agências refletem o consenso dos mais importantes analistas de inteligência do país. Partes destes relatórios são ocasionalmente divulgados para o público, como ocorreu hoje.
Após a divulgação do texto, a Casa Branca refutou críticas que apontam para oportunismo político em tornar a suposta ameaça pública hoje. Nesta semana, o Senado americano discute o futuro do financiamento e do apoio ao conflito no Iraque.
O porta-voz da Casa Branca Tony Snow afirmou que os críticos do relatório estão "empregando uma audição seletiva para moldar a história de acordo com sua própria postura política". "Nós não mantemos [o relatório] na prateleira e esperamos por uma ocasião conveniente para divulga-lo", disse.
"Estamos tentando lembrar as pessoas de que essa é uma ameaça real, não uma tentativa de distração", completou.
Fracasso no Iraque
Entre as críticas, políticos democratas afirmaram hoje que o relatório é prova de que os esforços antiterroristas globais dos EUA estão sendo prejudicados pelo foco no conflito no Iraque.
"Temos que destacar responsavelmente nossas tropas para fora do Iraque, transferir a responsabilidade pela segurança para os iraquianos e deixar no país árabe apenas as forças necessárias para missões limitadas", disse o deputado Iki Skelton, líder do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes.
"Assim poderemos nos concentrar no Afeganistão e nos terroristas da Al Qaeda que nos atacaram em 11 de setembro", completou.
Apesar das críticas, o relatório também traz balanços positivos: afirma, por exemplo, que os esforços de contraterrorismo desde 2001 restringiram a habilidade da Al Qaeda de voltar a atacar o solo americano e convenceram outros grupos terroristas de que os EUA são um alvo difícil.
O líder dos republicanos na Câmara, John Boehner, disse que o relatório confirma os avanços feitos pelo governo do presidente dos EUA, George W. Bush, e culpou os democratas por serem muito "suaves" no combate aos terroristas.
O texto aponta que, pelos próximos três anos, os EUA deverão enfrentar uma "persistente ameaça terrorista" contra o país, principalmente devido ao crescimento do braço da rede terrorista al Qaeda no Iraque.
Além da Al Qaeda, o movimento xiita Hizbollah no Líbano, apoiado pelo Irã, e mesmo grupos radicais não-muçulmanos representam uma "ameaça persistente" contra o solo americano, segundo o relatório.
Mas o foco do estudo americano é mesmo a rede do saudita Osama bin Laden, considerada a mais grave ameaça terrorista para o país. O texto deixa claro que o braço da Al Qaeda no Iraque, que ainda não ameaçou diretamente o solo americano, poderá se tornar um problema também dentro dos EUA.
Os analistas apontam no texto que a associação da Al Qaeda com extremistas no Iraque ajuda o grupo a "energizar" a comunidade sunita radical, levantar recursos e recrutar novos terroristas --"até mesmo para ataques dentro dos EUA".
O relatório afirma também que o segmento mais violento e extremista dos muçulmanos no Ocidente está se expandindo. "Mas esta ameaça muçulmana interna não será, provavelmente, tão severa nos EUA quanto já é na Europa", diz o texto.
Oportunismo
Estimativas de Inteligência Nacional são as mais importantes avaliações escritas por 16 agências de espionagem do governo americano. Estas agências refletem o consenso dos mais importantes analistas de inteligência do país. Partes destes relatórios são ocasionalmente divulgados para o público, como ocorreu hoje.
Após a divulgação do texto, a Casa Branca refutou críticas que apontam para oportunismo político em tornar a suposta ameaça pública hoje. Nesta semana, o Senado americano discute o futuro do financiamento e do apoio ao conflito no Iraque.
O porta-voz da Casa Branca Tony Snow afirmou que os críticos do relatório estão "empregando uma audição seletiva para moldar a história de acordo com sua própria postura política". "Nós não mantemos [o relatório] na prateleira e esperamos por uma ocasião conveniente para divulga-lo", disse.
"Estamos tentando lembrar as pessoas de que essa é uma ameaça real, não uma tentativa de distração", completou.
Fracasso no Iraque
Entre as críticas, políticos democratas afirmaram hoje que o relatório é prova de que os esforços antiterroristas globais dos EUA estão sendo prejudicados pelo foco no conflito no Iraque.
"Temos que destacar responsavelmente nossas tropas para fora do Iraque, transferir a responsabilidade pela segurança para os iraquianos e deixar no país árabe apenas as forças necessárias para missões limitadas", disse o deputado Iki Skelton, líder do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes.
"Assim poderemos nos concentrar no Afeganistão e nos terroristas da Al Qaeda que nos atacaram em 11 de setembro", completou.
Apesar das críticas, o relatório também traz balanços positivos: afirma, por exemplo, que os esforços de contraterrorismo desde 2001 restringiram a habilidade da Al Qaeda de voltar a atacar o solo americano e convenceram outros grupos terroristas de que os EUA são um alvo difícil.
O líder dos republicanos na Câmara, John Boehner, disse que o relatório confirma os avanços feitos pelo governo do presidente dos EUA, George W. Bush, e culpou os democratas por serem muito "suaves" no combate aos terroristas.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/216298/visualizar/
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