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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 13 de Julho de 2007 às 15:55

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O Ministério das Relações Exteriores informou que enviou no início desta tarde carta ao governo boliviano sobre a construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira.

De acordo com um assessor do Itamaraty, o teor da carta enviada ao chanceler daquele país, David Choquehuanca, será conhecido no final da tarde.

Ele antecipou, no entanto, que o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, já deixou claro que as obras do complexo energético do rio Madeira não irão atrasar em função dos questionamentos bolivianos.

Mais cedo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo brasileiro aposta no diálogo para superar mais uma polêmica com a Bolívia, porém, que é necessário ver os argumentos do país vizinho.

"Sempre apostamos que o diálogo é a melhor estratégia, mas tem que ter base, não dá para discutir sem base técnica", afirmou Dilma durante entrega da frota de ônibus que será utilizada durante os Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, com mistura de 5% de biodiesel.

Após a concessão da licença ambiental prévia às usinas do rio Madeira na segunda-feira, o governo boliviano pediu uma reunião de urgência ao governo brasileiro para tratar do impacto das usinas no país vizinho.

A ministra informou que o Itamaraty está avaliando a questão e "vai se manifestar no momento oportuno", mas não quis antecipar se haverá ou não reunião com a Bolívia sobre o assunto.

Furnas

Dilma também evitou comentar a participação de empresas estatais no leilão para venda da energia que será gerada pelas usinas do rio Madeira, em Rondônia, afirmando que a informação será divulgada somente quando o modelo do leilão for definido.

"O governo está fazendo uma avaliação", disse a ministra. "Quando tiver o modelo do leilão, tanto no que se refere à engenharia financeira quanto ao modelo do leilão, será divulgado."

Também presente no evento, o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, informou que o governo está analisando o contrato firmado entre Furnas, subsidiária da Eletrobrás, e a construtora Odebrecht, para tomar a decisão.

"Eles têm esse contrato e estamos avaliando se ele se sobrepõe a algumas regras já estipuladas", explicou.

Furnas e Odebrecht formaram um consórcio em 2001 para formatar o projeto das usinas do rio Madeira, utilizado pelo governo como base para os pedidos de licença ambiental. As duas companhias gastaram R$ 130 milhões até o momento e tinham a intenção de participar juntas da construção das unidades.

A parceria, no entanto, despertou a oposição de outras empresas privadas interessadas em construir as usinas.

De acordo como o ministro Hubner, se a participação de Furnas for aprovada, outras empresas estatais também poderão fazer parcerias com empresas privadas antes do leilão.

O governo quer, porém, que as parcerias sejam fechadas somente após o leilão, para aumentar a competitividade.





Fonte: Reuters

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