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Quinta - 12 de Julho de 2007 às 21:54

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A Justiça Federal em São Paulo determinou o bloqueio das contas do Corinthians por sua parceria com a MSI Licenciamentos e Administração e aceitou a denúncia contra os principais dirigentes do clube paulista por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, informou um comunicado do Ministério Público Federal nesta segunda-feira.

Entre os dirigentes do Corinthians que foram denunciados estão o presidente Aberto Dualib, Nesi Curi, Renato Duprat Filho, Paulo Sérgio Scudiere Angioni e o advogado Alexandre Verri.

A Justiça também tem interesse em jogadores da agremiação. O Corinthians recebeu uma intimação para que envie à Justiça, em até dez dias, uma relação de todo os jogadores adquiridos com dinheiro proveniente da parceria com a MSI.

Em nota divulgada nesta noite, Dualib afirmou que "todos os atos, fatos e documentos que envolveram a relação de administração do Departamento de Futebol do clube, foram praticados dentro dos princípios da legislação vigente".

KIA E BEREZOVSKY

Do lado da MSI, a Justiça decretou a prisão de Boris Berezovsky, Kia Joorabchian e Nojan Bedroud, exigindo, inclusive, que a Interpol seja informada dos mandados.

Kia, que tem origem iraniana, atuou por algum tempo como principal homem da MSI no Corinthians, chegando inclusive a participar de apresentações de atletas contratados pelo grupo, como os argentinos Carlos Tevez e Javier Mascherano.

Segundo o Ministério Público, a intenção da detenção dos acusados estrangeiros "é impedi-los de agir de forma a inviabilizar a ação criminal".

A MSI classificou como "absurda, arbitrária e carente de suporte legal" a decisão sobre a prisão de Kia e Nojan.

"Em nenhum momento do inquérito feito pelo Ministério Publico Federal, os senhores Kia e Nojan foram convidados a depor, tendo sido cerceados seus direitos de responder sobre o que estavam sendo acusados", disse o advogado da MSI, Luiz Fernando Pacheco na nota.

"Usaremos de todos os argumentos legais para demonstrar a inocência de ambos e restabelecer a verdade."

O advogado acrescentou que a MSI "sempre agiu estritamente dentro da lei" e que não há provas contra a empresa.




Fonte: Reuters

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