Algodão de Mato Grosso atrai mercado paquistanês
Para conhecer um pouco desses números e conferir a qualidade da fibra mato-grossense, empresários paquistaneses liderados pelo grupo suíço Paul Reinhart AG estão em Mato Grosso visitando alguns municípios produtores como Nova Mutum, Sapezal, Pedra Preta e Rondonópolis.
Nesta terça-feira (10.07), os empresários se reuniram com o governador Blairo Maggi e manifestaram a satisfação de conhecer o Estado e a organização da produção de grãos e fibras.
“Estamos satisfeitos em ver que Mato Grosso é um estado aberto a investimentos, está bem organizado e conseguindo projeção no mercado mundial, pois tem uma boa recepção e um produto de qualidade que chama a atenção do mercado consumidor”, observou Thomas Paul Reinhart, que destacou a qualidade e o volume de produção do algodão mato-grossense os principais atrativos do produto que tem enorme aceitação no mercado europeu e asiático.
O grupo Paul Reinhart AG trabalha há mais de dois séculos no comércio de algodão e, no Brasil, concentra sua comercialização principalmente nos estados de Mato Grosso e Bahia.
Em Mato Grosso, o grupo trouxe os clientes para conhecer as lavouras e a colheita, que teve início no mês de maio e deverá ser concluída até o final de agosto.
Crescimento
O clima regular, chove com regularidade quando a cultura está em processo de crescimento e formação das maçãs e clima seco por ocasião da colheita, emprestam ao algodão produzido no estado a melhor qualidade.
A topografia plana das regiões produtoras, permitindo o emprego de modernas tecnologias de plantio e colheita, transformaram Mato Grosso no maior produtor do Brasil e o maior exportador desse produto.
O 13º levantamento de safra divulgado neste mês pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o aumento de área ampliou a produção da safra passada, que foi de 503,3 mil toneladas de algodão em pluma, para 793,3 mil toneladas na safra 2006/07, o que vai corresponder a um incremento na produção de 57,6%.
Paquistão, China, Argentina, Indonésia, Japão, Tailândia, Índia, Taiwan, Hong Kong e Itália estão entre os maiores importadores do algodão mato-grossense.
Além da importação do produto, a qualidade atraiu diversas indústrias de fiação, tecelagens e confecções para instalarem seus parques fabris próximos aos fornecedores da matéria-prima, como por exemplo, a Santana Têxtil, tradicional empresa no mercado têxtil que instalou uma fábrica no município de Rondonópolis.
Toda a área cultivada de algodão no País totaliza nesta safra 1,09 milhão de hectares, superior em 27,2% em relação à safra anterior, o que segundo dados da Conab, se deve aos baixos preços registrados do soja e milho na fase de implantação, o que ocasionou a migração para o cultivo da fibra.
Juntas, as regiões Centro-Oeste e Nordeste respondem por 93% da produção nacional, em especial os estados de Mato Grosso e Bahia. A produção brasileira de algodão em caroço deverá atingir 3,75 milhões de toneladas, volume 37,6% superior ao registrado na safra 2005/06. Dessa quantidade, 38,9% será de pluma e 61,1% de caroço.
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