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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 09 de Julho de 2007 às 19:20

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, reiterou hoje que não há provas que incriminem o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Segundo ele, esse relato foi transmitido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, não quis confirmar quando Rondeau deverá ser reconduzido ao cargo.

"Dei um informe ao presidente, quando examinei o processo, no momento em que foi quebrado o segredo de justiça. Eu não vi nenhum conjunto de indícios que formasse uma prova nem qualquer prova conclusiva sobre sua culpabilidade", afirmou Tarso, que se reuniu nesta segunda-feira com Lula.

Em maio, Rondeau foi exonerado do cargo depois que vieram à tona denúncias de que ele teria supostamente recebido propina de R$ 100 mil, da empresa Gautama, para favorecê-la em licitações de obras envolvendo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Ao ser questionado sobre supostas falhas nas investigações da Polícia Federal, uma vez que o próprio Tarso não reconhece a ocorrência de indícios contra Rondeau, ele respondeu: "Nem todo que é indiciado, é condenado".

O ministro destacou que as investigações realizadas pelo Ministério Público envolvendo as denúncias reunidas durante as investigações da Operação Navalha são independentes. "O MP tem total autonomia para tomar providências", disse ele.

Na Operação Navalha, a PF desarticulou um esquema que fraudava licitações e obras públicas e que envolvia políticos, empresários e servidores públicos.

Crítica

Nesta segunda-feira, Gerardo Grossi, advogado de Rondeau, criticou a ação da PF cujas investigações levantam suspeitas contra o ex-ministro. Segundo o advogado, a polícia deve agir para concluir rapidamente seu inquérito sobre o assunto.

Reportagem publicada hoje pela Folha afirma que PF apurou que o dinheiro da propina estava na bolsa da diretora financeira da construtora, Maria de Fátima Palmeira, e não no envelope que ela carregava quando foi flagrada pelas câmeras do circuito interno entrando no prédio do Ministério de Minas e Energia.

Independentemente das suspeitas, interlocutores do presidente Lula informam que ele está convencido de que Rondeau não deve ser incriminado e pode voltar ao governo federal.





Fonte: Folha Online

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