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Quarta - 20 de Junho de 2007 às 08:52

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Chegou a hora de as gêmeas Taís e Paula (Alessandra Negrini) inverterem os papéis em Paraíso Tropical. "Em toda história de gêmeos, na literatura, no cinema e na TV, há o momento da troca entre os irmãos. Se não houver isso, para que fazer história de gêmeos?", dá o tom Ricardo Linhares, co-autor da novela com Gilberto Braga.

No capítulo previsto para ir ao ar dia 12 de julho, Taís simula uma carta de suicídio e desaparece do mapa. Ajudada por Ivan (Bruno Gagliasso), a vilã leva Paula para alto-mar, afoga a boazinha e volta com a identidade da irmã para a casa de praia de Antenor (Tony Ramos) - onde, ainda no dia anterior, tinha sido realizado o casamento de Paula e Daniel (Fabio Assunção).

No entanto, apesar de estar vestida como Paula, não será nada fácil para Taís enganar o "marido". "Taís vai inventar um problema para não transar com Daniel. Tudo o que ela quer é que seu golpe não seja descoberto", adianta Linhares.

O tempo passa e Taís pensa que a irmã está morta - mas ela foi salva por um pescador e fica alguns capítulos isolada. Só então Paula volta, disposta a se vingar. "Taís começa a ficar em pânico porque o corpo da irmã não aparece. Daniel desconfia do falso suicídio, acha que Taís está foragida para não ser indiciada pelo trambique das jóias e pela morte de Evaldo (Flávio Bauraqui)".

Para o maquiador e fotógrafo Fernando Torquatto, na vida real essa situação seria difícil de ocorrer: "O olhar de cada pessoa é muito particular. Maquiagem, cabelo, jeito de andar, isso tudo dá para imitar, mas o olhar de uma pessoa ruim é diferente de uma boa".

Troca-troca se repete

Na televisão, uma gêmea se passar por outra é clássico para telespectadores. Quem não se lembra das irmãs muito bem interpretadas por Gloria Pires em Mulheres de Areia?

No remake da trama, escrito também por Ivani Ribeiro em 1993, Raquel, a má, foi dada como morta depois de um acidente no mar e Ruth, a boazinha, assumiu o lugar dela para ficar ao lado do homem que amava de verdade, papel de Guilherme Fontes.

Mauro Alencar, doutor em telenovelas pela USP, aprova a "fórmula". "Sem isso a trama fica inócua, tem que haver o embate mesmo. É muito instigante uma pessoa assumir a identidade da outra, prende a atenção do público e pode trazer bons resultados na audiência", opina Alencar.

Ele lembra a novela O Outro (1987), de Aguinaldo Silva, na qual Francisco Cuoco também se dividiu em dois irmãos: "O Paulo Della Santa tinha um cachorro. Quando ele foi para casa no lugar do Denizard de Matos, o animal estranhou. A mulher também desconfiou do comportamento dele."

Para Ricardo Linhares, o tema não pode ser classificado como "batido": "É a mesma coisa que reclamar que há nave espacial num filme de ficção científica sobre viagens espaciais. É característica do gênero. Em história de gêmeos, há troca de lugares."





Fonte: O Dia

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